Altas Quintas (T) 2005
De toda a gama Altas Quintas, este poderá ser, juntamente com o Mensagem Aragonês que trataremos daqui a uns dias, a melhor relação preço-qualidade. Produzido a partir de Trincadeira, Aragones e Alicante Bouschet e com estágio em balseiros de madeira e barricas novas de carvalho francês durante 12 meses, está como que a matriz do projecto Altas Quintas, isto é, demonstra numa assentada, 1. estrutura, 2. frescura e 3. persistência no palato. De resto, na cor está cereja escuro quase opaco. No nariz, começa por revelar madeira teimosa (ainda que equilibrada), mas é o fundo balsâmico e especiado (pimenta, cravinho, canela com baunilha) que mais cativa a par de uma fruta adocicada. Boca com cariz vibrante (mas não de perfil nervoso), carregado nas notas de chocolate preto bem visível na componente amarga e levemente picante no fim de boca.
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Claramente feito, e numa região a isso propícia, para guardar ("build to last" como os americanos dizem dos seus automóveis), vai mostrar todo o seu potencial daqui a dois ou três anos e beber-se bem até 2015. Se conseguir comprar a menos de 18€ e quiser ou puder guardá-lo, vai valer muito a pena. Se for para beber novo, acompanhe com comida pesada.
16,5-17
Próximos vinhos: Altas Quintas Mensagem Aragonês (T) 2005; Frei Estevão Reserva (T) 2005; Rocim (T) 2005; Olho de Mocho Reserva (B) 2007; Herdade do Perdigão Reserva (B) 2006