Ainda não tinha o rótulo oficial (v. foto), e já nós tínhamos avisado (v. aqui) que era o nosso preferido! Parabéns ao Grupo Symington que já merecia. Desta é que foi...
terça-feira, março 30, 2010
100 Pontos WS
Ainda não tinha o rótulo oficial (v. foto), e já nós tínhamos avisado (v. aqui) que era o nosso preferido! Parabéns ao Grupo Symington que já merecia. Desta é que foi...
domingo, março 28, 2010
"Alentejo report": parte 2
Solar dos Lobos Grande Escolha (T) 2007: Marca e projecto recentes, e enologia de Susana Esteban. Lote de Alicante, Syrah, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon. Muito intenso nos aromas a frutos negros, compota de qualidade, envolvente e sensual. Confirma a sua grande qualidade na boca, que se revela cheia e potente até final. 17-17,5
Herdade da Calada Block n.º 3 (T) 2006: Vem de Évora este tinto fresco e muito directo no nariz, com fruta conjugada com notas mentoladas. Boca fina e elegante, notas de pimenta branca. Falta-lhe talvez um pouco de mais complexidade, mas revela-se muito gastronómico e com pattine durante toda a prova. 16,5-17
Monte do Limpo Alicante Bouschet (T) 2007: Amostra de casco, está um típico varietal da casta francesa que melhor se adapta ao calor do Alentejo: muito vegetal e com enorme frescura. Grande concentração na boca mas com final súbito. Por ora, é cedo para saber se este estilo algo brutal é o pretendido pelo produtor e acertado para o mercado. Por nós, achamo-lo demasiado rude, mas poderá evoluir bem. 15,5-16+
Herdade de São Miguel Reserva (T) 2006: Mantém o estilo vigoroso das colheitas anteriores, bem conjugado com um perfil ora químico ora ligeiramente rústico. Muita fruta madura e madeira de qualidade são, por ora, as principais notas. Muito bem na boca, com taninos saborosos e final em crescendo. Um fórmula muito certeira o que explica o sucesso da marca. 17
Inevitável (T) 2005: Da casa Santa Vitória chega-nos este lote de Touriga Nacional e Syrah. O nariz está muito directo e, curiosamente, já equilibrado com fruta doce (mas não enjoativa) e notas violáceas não excessivas. Na prova de boca volta a revelar fruta de qualidade, mas falta-lhe alguma complexidade e garra. É bom e só não cativa mais pela sua excessiva linearidade. A cerca de €20. 16,5
Casa de Santa Vitória Reserva (T) 2007: Lote de Touriga Nacional (50%), Cabernet Sauvignon e 20% de Syrah. Muito bem no nariz, com fruta madura e madeira muito bem integrada, um estilo moderno, ligeiro floral, mas com frescura surpreendente para um reserva do Baixo Alentejo. A boca confirma a boa prova do nariz, polida, com complexidade, nervo (certamente do Cabernet), especiarias exóticas e um bom final. Uma boa surpresa. Pode evoluir bem durante os próximos 5 anos. 17+
Marquês de Borba Reserva (T) 2007: Mais uma vez esta uma marca de referência do Alentejo (Estremoz) oferece-nos um tinto belíssimo. Cheio de força e intenso no nariz – com fruta negra e algum vegetal seco, notas terrosas –, e uma prova de boca que indicia anos de vida com fruta latente e especiarias da madeira, tudo num estilo seco. Merece ser esquecido durante uns anos na garrafeira pois irá evoluir muito bem na próxima década. Abaixo dos €30. 17,5++
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domingo, março 21, 2010
"Alentejo report": parte 1
Dona Maria (B) 2008: Aromas frescos de índole vegetal, fruta ácida na boca, final precipitado e demasiado rústico. Bom, mas algo complicado. Preço cordato abaixo dos €6. 15,5
Amantis (B) 2007: No nariz, revela notas curiosas a jasmim, azeitona preta e gengibre. Boca redonda, sentindo-se a madeira, untuoso e de final garboso. Interessante. 16
.Com (B) 2008: Fresco e muito directo no nariz, faltando complexidade. Ligeiro, directo e bastante agradável. Um branco de Verão. 15,5
Monte dos Cabaços Colh. Seleccionada (B) 2008: Tem uma ligeira complexidade olfáctica que faz esquecer uma prova de boca linear e sem garra. Simples e descomplexado. 15
Herdade dos Grous (B) 2009: Acabado de sair para o mercado, limpo no nariz, directo nas referências a ananás e banana. Para beber novo pois é agora que dá prazer. Abaixo de €8. 15,5
Herdade dos Grous Reserva (B) 2008: Notas de madeira a sobressaírem no nariz (espuma de café, aduelas), e fruta ainda algo escondida. Boca com volume, saborosa até ao final, poderá evoluir bem nos próximos 3 anos. Revela bom nível geral. A cerca de €20. 16,5.
Comenda Grande (B) 2008: Lote de Antão Vaz, Arinto e Verdelho, está muito fresco, com boa acidez, um vinho aparentemente simples mas muito bem feito. Bom preço abaixo dos €7. 16
Monte Vilar Reserva (B) 2008: Nova marca do produtor "Casa Santa Vitória". Sente-se o diálogo entre a casta Arinto e a barrica, revela estilo moderno, bem trabalhado na vinha e na adega. Com garra. Mais seis meses em garrafa só lhe fará bem. 16,5
Casa de Santa Vitória Reserva (B) 2007: Notas tostadas da barrica no ataque inicial, evolui muito bem durante a prova. Pendor vegetal, notas de folha de chá e ligeira torrefacção. Boca potente, mas fresca, expressiva e saborosa com ligeira evolução. Muito interessante. A acompanhar em futuras edições. Bom preço, abaixo dos €12. 16,5
Esporão Verdelho (B) 2008: Naturalmente vegetal nos primeiros aromas, é um branco de atracção imediata (para quem se identifica com a casta), apesar da sua subtileza na prova de nariz e da pureza na prova de boca. Bom preço, abaixo dos €9. 16,5
Vila Santa (B) 2008: Muito expressivo e cheio de intensidade aromática com o Antão Vaz a comandar as hostes. Alguma acidez do Verdelho ajuda a compor a frescura e fruta do Arinto, ligeiro toque da madeira, temos aqui um lote muito bem pensado. Moderno no estilo, de grande atracção. Preço cordato, abaixo dos €10. 16
Antão Vaz da Peceguina (B) 2008: Pouco intenso na prova olfactiva de início, depois revela ligeiro floral e fruta branca (alperce maduro). Na boca melhora, está seco com ligeiro mineral. Tudo bem feito, mas pouco original. Para os fanáticos da casta. 16
Malhadinha (B) 2008: Lote de Chardonnay e Arinto, por ora é a casta francesa a dominar e, por isso, sobressaem as notas amanteigadas. Todavia, revela mais acidez que em anos anteriores, melhora no perfil com uma boca fresca e um final refrescante limonado. Voltar a provar daqui a um ano pois acreditamos que irá melhorar. Um passo à frente em relação às edições anteriores. 16,5+
Esporão Private Selection (B) 2008: Algo fechado, mas são já evidentes as notas da barrica mas, surpreendentemente, a fruta (branca e madura) não está escondida, bem pelo contrário. Boca cheia, quase que se mastiga, ampla mas - felizmente - com pouco peso residual. Belo final de boca, de comprimento assinalável. Vai melhorar em garrafa nos próximos três anos . 17+
Tapada de Coelheiros (B) 2008: Lote de Roupeiro, Chardonnay e um pouco de Arinto, revela-se fresco, leve e divertido, com ligeira tosta no nariz. Está vibrante na boca, mas falta final e um pouco mais de complexidade. Gastronómico. 15,5
Tapada de Coelheiros Chardonnay (B) 2008: Um branco muito sério, com as notas amanteigadas da casta francesa em evidência mas sem cansar. Boca poderosa, apesar de linear, e um final saboroso muito conseguido dado o significativo comprimento. Mais uma boa edição de um dos melhores chardonnays alentejanos. Preço cordato abaixo dos €15. 16,5+
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terça-feira, março 16, 2010
Surpresa
Uma surpresa efectivamente... mas não por duvidar do qualidade do "projecto pessoal" de Pedro Carvalho (e referimo-nos a projecto pessoal por contraposição ao projecto familiar da conhecida Casa de Santa Eufémia). Uma surpresa, isso sim, pela casta escolhida para este tinto estreme, nem mais nem menos que a cada vez menos privilegiada Tinta Roriz. E uma surpresa também pelo registo: fino e elegante (que nos lembrou, por vezes, um Pinot Noir menos complexo), bem longe do perfil concentrado do Compota (T) 2005, produzido também no Douro mas a partir da mediática Touriga Nacional.
No copo, a cor, como deixámos antever, revela concentração mediana, com transparência bastante assinalável. A prova de nariz é muito agradável, contribuindo para isso as matizes de fruta silvestre encarnada fresca, notas tostadas sem excesso, e um toque mineral persistente, tudo num conjunto directo, bonito e (parece-nos) bem trabalhado na vinha onde é preciso ter cuidado com a casta que amadurece cedo.
Na boca, mantém o registo refrescante, de tinto fino e com bom recorte, com fruta saborosa apesar do final de boca algo curto. A madeira quase não se sente (poucos meses de barrica, certamente) deixando a fruta encarnada dominar o palco e a prova - e ainda bem! Precisa somente de maior complexidade, e quem sabe se de um par de anos em garrafa, para voos mais altos.
No mercado, devem contar-se pelos dedos das mãos os monocastas de Tinta Roriz/Aragonês, independentemente da região do país, numa tendência que se tem intensificado nos últimos anos. Neste tinto estreme, encontramos um duriense personalizado, apostado na elegância sóbria. A acidez capaz, e a frescura vincada, colocam-no como um bom companheiro à mesa, jogando na maridagem com saladas, carnes simples, e mesmo peixes assados. A menos de €14, é então uma surpresa que merece ser provada.
16,5
domingo, março 14, 2010
Mais um (do mesmo) devaneio
quinta-feira, março 11, 2010
Devaneio
terça-feira, março 09, 2010
Provas
Quinta dos Avidagos Grande Reserva (T) 2007
Novo vinho, novo topo de gama deste produtor duriense. No copo, está praticamente opaco na cor a denotar de imediato muita concentração e alguma juventude.
Na prova de nariz, topa-se a Touriga Nacional muito madura, com matizes florais de braços entrelaçados com referências gulosas a compota e geleia de fruto preto. A madeira não se impõe e o registo é cativante sobretudo pela intensidade e exuberância aromática desde o primeiro impacto, muito próximas do que esperaria de um LBV.
Na prova de boca começa áspero com as notas da barrica mais evidentes do que no nariz; depois taninos vincados mas doces, e mantém o carácter sedutor num final saboroso (tudo aponta) ainda em crescimento.
segunda-feira, março 01, 2010
Provas
No copo, revela cor amarela carregada mas não escura. No nariz, começa por insinuar-se com anis e laivos de amêndoa seca. Um pouco depois, também com um interessante carácter floral (pétalas) e alguma pipoca da madeira onde estagiou.
Na boca entra maciço, com carga e potência, mas menos expressivo na fruta do que em edições anteriores: onde antes passeava fruta madura (nem sempre consensual mas apelativa), agora vagueiam notas tostadas e minerais que ajudam a construir uma arquitectura de vinho mais séria. A acidez está correcta (bem melhor que em edições anteriores), o final é expressivo, mas o conjunto não consegue surpreender – apesar da qualidade, parece algo preso, pelo que beneficiará de alguns meses mais em garrafa.