Provado diversas vezes podemos afirmar tratar-se de um dos vinhos brancos nacionais de que mais gostamos. O seu preço é de 10 EUR mais coisa menos coisa, o que é uma óptima notícia do nosso ponto de vista. Com Encruzado e Malvasia Fina, alguma batonnage e barrica, é um vinho que parte da matriz dos brancos típicos do Dão - acidez, força, e mineralidade - mas que procura algo mais. O corpo e o (fantástico) final de boca foram calibrados pela barrica, cujas ligeiras notas ligeiras não atraiçoam um conjunto subtil de muita qualidade. Fresco, cheio de vida (evoluirá bem por mais 3/5 anos), mostra uma rara relação entre elegância e untuosidade, aquilo que, em linguagem política (neste caso francófona), se poderia qualificar como uma «força tranquila»...
Provámos, entretanto, a versão de 2010 no evento dãowinelovers que se realizou faz duas semanas na Casa da Passarela, já com um novo rótulo (aliás, do produtor já devemos ter conhecido mais de 10 rótulos entre brancos e tintos). O branco de 2010 também está bom, mas não sobressai no meio de outros bons brancos da região. Este de 2009 sim, é um belíssimo vinho branco, dos melhores da região e do país. Pena estar já esgotado (17++).