terça-feira, fevereiro 12, 2013

Prova

Vinha de Reis (b) 2009

Provado diversas vezes podemos afirmar tratar-se de um dos vinhos brancos nacionais de que mais gostamos. O seu preço é de 10 EUR mais coisa menos coisa, o que é uma óptima notícia do nosso ponto de vista. Com Encruzado e Malvasia Fina, alguma batonnage e barrica, é um vinho que parte da matriz dos brancos típicos do Dão - acidez, força, e mineralidade - mas que procura algo mais. O corpo e o (fantástico) final de boca foram calibrados pela barrica, cujas ligeiras notas ligeiras não atraiçoam um conjunto subtil de muita qualidade. Fresco, cheio de vida (evoluirá bem por mais 3/5 anos), mostra uma rara relação entre elegância e untuosidade, aquilo que, em linguagem política (neste caso francófona), se poderia qualificar como uma «força tranquila»...

Provámos, entretanto, a versão de 2010 no evento dãowinelovers que se realizou faz duas semanas na Casa da Passarela, já com um novo rótulo (aliás, do produtor já devemos ter conhecido mais de 10 rótulos entre brancos e tintos). O branco de 2010 também está bom, mas não sobressai no meio de outros bons brancos da região. Este de 2009 sim, é um belíssimo vinho branco, dos melhores da região e do país. Pena estar já esgotado (17++).

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Prova especial

Ferreirinha reserva especial 1974 e 1977

Já muito tempo passou das colheitas de '77 e '74. Depois de várias garrafas boas de '77, encontramos esta menos feliz, mas a dar prova adequada. Mantinha-se bem na definição da fruta mas revelava na boca uma prova ácida comprometedora. Já colheita da Revolução esteve um pouco melhor, mais madura e morna, apesar de pouco viva e entusiasmante.

Se fosse possível, admito que um blend das duas colheitas daria um resultado melhor que as partes, juntando-se a acidez deslocada do '77 com as notas quentes do '74. Mas isso seria um pecado... como também o seria não afirmar que, apesar de tudo o que se referiu acima, ambos os vinhos brilharam na sua vetusta idade. 

terça-feira, fevereiro 05, 2013

Prova

Quinta de la Rosa tinto cão (t) 2004


Vinho não comercializado pela Quinta de la Rosa, mas servido em ocasiões especiais. Grande cor e concentração. O nariz lembra muito LBV (a casta é importante em vários lotes de Porto), maduro, quente, profundo mas pouco entusiasmante. Falta acidez, mostra-se redondo, pouco apto à mesa.

Prova didática, denotando-se que estamos perante uma casta de lote, como o são quase todas no Douro. (15,5)