Regresso às Provas de vinhos recém lançados (mas por pouco tempo, em breve voltaremos aos vinhos "de antigamente"). Provou-se duas colheitas desta nova versão do tinto alentejano 4 Castas. Produzido pela Herdade do Esporão faz já vários anos, mantém uma postura internacional, moderna, muito frutado e de taninos macios. Todavia, apresenta uma qualidade ligeiramente acima do Esporão Reserva e, por isso, tem muitos fãs, sobretudo agora que o seu preço desceu e tornou-se mais competitivo. Um tinto sofisticado, polido, muito sedutor mas que pode acabar por cansar o enófilo que pretende algo mais gastronómico. É, todavia, um vinho de lote, como o nome indica, e isso nota-se durante a prova, com as castas mais "frescas" e taninosas (sobretudo o Alicante B.) a procurarem compensar as mais maduronas. Parte estagia em carvalho americano, parte em carvalho francês.
Das duas colheitas, a de 2009 portou-se melhor, com mais profundidade e complexidade mais vincada (16,5-17). A colheita de 2008 também se portou bem, esteve mais consensual, com menos força na prova de boca e desvios achocolatados e abaunilhados no nariz a piscar o olho para gostos mais comerciais, e a aconselhar menos uso da madeira americana (16-16,5).
Próximas provas: Quinta dos Poços Reserva (T) 2005; Bétula (B) 2009; Senhor da Adraga (T) 2008
Próximas provas: Quinta dos Poços Reserva (T) 2005; Bétula (B) 2009; Senhor da Adraga (T) 2008