Quinta do Vale Meão (T) 2002
Quando surgiu no final da década de ´90 apareceu como um furacão e arrecadou, de imediato, elogios de toda a parte. Naturalmente, quando o provei aconteceu-me o mesmo: na altura, com o Vale Meão 1999, fiquei perdido com tanta "força tranquila".
Quando surgiu no final da década de ´90 apareceu como um furacão e arrecadou, de imediato, elogios de toda a parte. Naturalmente, quando o provei aconteceu-me o mesmo: na altura, com o Vale Meão 1999, fiquei perdido com tanta "força tranquila".
Colheita após colheita, o elevado standard mantém-se imperturbável. Por isso, e a par de dúvidas que vêm sendo levantadas sobre a longevidade das primeiras colheitas, importa conhecer, a título de desafio, como se porta o Vale Meão no pior ano do Douro desde que surgiu no mercado.
Belíssima cor cereja muito escura com ligeiros laivos violeta. Auréola ligeiramente acastanhada a revelar cuidada evolução.
Belíssima cor cereja muito escura com ligeiros laivos violeta. Auréola ligeiramente acastanhada a revelar cuidada evolução.
No nariz começa com fruto em geleia em grande intensidade mas sem se tornar monótono ou excessivamente doce… enfim tudo começa com qualidade excelsa e, nesta fase, é um tinto de puro prazer. Depois, ½ hora volvida, revela-se um lado floral proveniente da touriga nacional que marca (e de que maneira!) o lote. Passada mais outra metade de hora, e é notar uma nova mudança de perfil… agora mais químico onde referências a tinta-da-china se impõem.
De resto, é um tinto muito cheio, boca larga, com final muito saboroso. Por mim (e para mim) pode aguardar mais 3 anos em garrafa.
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Sugestão de acompanhamento? Poucos – mas bons – acepipes (ver foto). É um filho grande de um ano menor!
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Próximos textos: Projectos Niepoort, visita à Quinta da Gricha (Churchill's), prova da colheita 2004 da Quinta do Perdigão, Quinta do Alqueve 2 Worlds (T) 2004.