- Pontual (T) 2002: mais uma proposta interessante do Alentejo, com um preço simpático. Uva de qualidade, breve estágio em madeira nova. Tudo muito redondo, taninos suaves. Bom. Um pouco abaixo dos € 10.
- Tapada de Coelheiros Chardonnay (B) 2004: muito fino e elegante este branco de referência. Muito bem na cor que se mostra límpida, boa concentração para um vinho tão seco, impressiona o sabor a casta (é melhor não servir muito frio, nunca abaixo dos 10º), mas não é cansativo como outros chardonnay que se bebe por aí. Manteiga baunilhada equilibrada com algum álcool num final de boca médio/longo. Bom +. Um pouco acima dos € 10.
terça-feira, janeiro 31, 2006
Notas breves: Alentejo Branco e Tinto
terça-feira, janeiro 24, 2006
Régia Colheita Reserva (B) 2003
![](http://photos1.blogger.com/blogger/12/1056/200/regia%20colheita%202.jpg)
Um robalo do mar para coisa de 900g ... era o convite. Assado.
O vinho: um Régia Colheita Reserva de 2003 guardado com carinho. De cor palha com tendência âmbar, mostrou-se um vinho muito concentrado sobretudo tendo em conta tratar-se de um branco. Existem vinhos brancos assim, sobretudo no Alentejo... vinhos pesados, com lágrima, alcoólicos, quentes até.
Pouca fruta, muita madeira – regra seguida à letra. Muito bem na cor (não poderia ser de outro modo) já dissémos, nariz algo fechado (apagado?).
Na boca, um mundo de sabores balsâmicos, algum mel, noz e casca de ovo. Um grande final para um portentoso vinho branco alentejano que vale bem beber no Inverno.
O vinho: um Régia Colheita Reserva de 2003 guardado com carinho. De cor palha com tendência âmbar, mostrou-se um vinho muito concentrado sobretudo tendo em conta tratar-se de um branco. Existem vinhos brancos assim, sobretudo no Alentejo... vinhos pesados, com lágrima, alcoólicos, quentes até.
Pouca fruta, muita madeira – regra seguida à letra. Muito bem na cor (não poderia ser de outro modo) já dissémos, nariz algo fechado (apagado?).
Na boca, um mundo de sabores balsâmicos, algum mel, noz e casca de ovo. Um grande final para um portentoso vinho branco alentejano que vale bem beber no Inverno.
Pena a alegada falta de persistência na qualidade, pois consta que o 2004 está menos bom.
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Quinta do Portal Reserva (T) 2000
![](http://photos1.blogger.com/blogger/12/1056/320/Portal.1.jpg)
Acompanhava um lombo de porco mas não pensámos num vinho alentejano (como já faz hábito quando degustamos um cochino...). Ao invés, lembrámos-nos de um douro que não fosse muito concentrado. Elegemos assim, num consenso difícil diga-se, o Quinta do Portal Reserva 2000.
E acertámos, pois ao contrário do que o qualificativo “Reserva” sugeria, estávamos perante um vinho linear a merecer ser consumido antes de 5 anos da sua comercialização (ou seja, está na altura!).
Ora, na cor começou por agradar, vermelhão escuro e violeta, sendo que a falta de concentração começava a ser evidente. O nariz indiciou o resto, pouca fruta madura, alguma madeira de qualidade... pouco mais. Escasso para o que se esperava, mas um conjunto agradável em todo o caso.
Na boca mostrou-se fácil e agradável, taninos suaves e de finura recomendável. Tudo no sítio, tudo complacente. Final pouco vigoroso como se antecipava.
E acertámos, pois ao contrário do que o qualificativo “Reserva” sugeria, estávamos perante um vinho linear a merecer ser consumido antes de 5 anos da sua comercialização (ou seja, está na altura!).
Ora, na cor começou por agradar, vermelhão escuro e violeta, sendo que a falta de concentração começava a ser evidente. O nariz indiciou o resto, pouca fruta madura, alguma madeira de qualidade... pouco mais. Escasso para o que se esperava, mas um conjunto agradável em todo o caso.
Na boca mostrou-se fácil e agradável, taninos suaves e de finura recomendável. Tudo no sítio, tudo complacente. Final pouco vigoroso como se antecipava.
Recomenda-se que o consumidor que queira provar um vinho furos acima produzido pela Quinta do Portal , opte por um “Grande Reserva” (ao estilo espanhol) ou um “Auru”. É preciso é abrir os cordões à bolsa. O aviso está feito.
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Quinta de São Francisco (T) 2001
Da denominação produtora de Óbidos, em plena região da Estremadura, chega-nos este vinho feito com base na casta castelão.
De cor rubi brilhante, muito suave na boca, e com idêntica leveza aromática no nariz. Taninos salientes e robustos, fruta de qualidade mas pouco madura.
Falta-lhe apenas um pouco de concentração (devido ao muito que chove na região do Oeste) e um final mais longo e largo para ser um vinho de belo porte.
Ainda assim, muito bem feito este néctar, tudo equilibrado, podendo deixá-lo dormir mais 2-3 anos em cave.
A menos de € 8, e com um elogio ao grafismo do rótulo, de estilo clássico (fora de moda até), com destaque para a referência do trofeu "prestige" obtido no Concurses Citadelles du Vin.
De cor rubi brilhante, muito suave na boca, e com idêntica leveza aromática no nariz. Taninos salientes e robustos, fruta de qualidade mas pouco madura.
Falta-lhe apenas um pouco de concentração (devido ao muito que chove na região do Oeste) e um final mais longo e largo para ser um vinho de belo porte.
Ainda assim, muito bem feito este néctar, tudo equilibrado, podendo deixá-lo dormir mais 2-3 anos em cave.
A menos de € 8, e com um elogio ao grafismo do rótulo, de estilo clássico (fora de moda até), com destaque para a referência do trofeu "prestige" obtido no Concurses Citadelles du Vin.
domingo, janeiro 08, 2006
Prazo de Roriz (T) 2002
![](http://photos1.blogger.com/blogger/12/1056/320/prazo%20de%20roriz.gif)
No nariz como na boca tratou-se de um Douro ainda fechado e muito mineral (consta mesmo que na propriedade existiram minas de ouro e estanho até ao fim da Segunda Guerra Mundial). Esteve presente a madeira, ainda que sujeita a pouca harmonia, e alguma fruta vermelha longe de ser madura a lembrar-nos o ano da colheita (com muita chuva).
Este “Prazo de Roriz” é a segunda marca da conhecida Quinta de Roriz, na família van Zeller desde 1815, e especializada nos vinhos do Porto. Num ano difícil como foi o de 2002, e tirando a madeira menos bem "casada", este vinho de mesa não deixou "créditos por mãos alheias", mostrando um recorte fino e elegante. O que pelo seu preço, não é nada mau.
A menos de € 8 no Corte Inglês (supermercado).
Este “Prazo de Roriz” é a segunda marca da conhecida Quinta de Roriz, na família van Zeller desde 1815, e especializada nos vinhos do Porto. Num ano difícil como foi o de 2002, e tirando a madeira menos bem "casada", este vinho de mesa não deixou "créditos por mãos alheias", mostrando um recorte fino e elegante. O que pelo seu preço, não é nada mau.
A menos de € 8 no Corte Inglês (supermercado).
terça-feira, janeiro 03, 2006
Martinet Cru (T) 2001
![](http://photos1.blogger.com/blogger/12/1056/200/martinet%20bru.gif)
Da região mais badalada da Europa, bebemos este Martinet Cru 2001. Não estivéssemos nós em Espanha e não tivemos outro remédio que não o de provar este belo Priorat (e que remédio...). Trata-se da segunda marca do produtor “Mas Martinet” e tem um preço interessante, pois é sabido que os vinhos desta região de Espanha têm sofrido uma inflação estonteante. Para ilustrar com um exemplo, a primeira marca “Clos Martinet” custa praticamente € 50.
Quanto ao vinho propriamente dito, feito com castas francesas (Cabernet Sauvignon, Merlot, e um pouco de Syrah) e um terço da variante local Garnatxa, apresentou-se muito escuro (quase, quase opaco), compacto, com lágrima espessa e de “queda” lenta (como tanto gostamos!). Não admirou assim os seus 14,5º de álcool.
O nariz foi dominado por ameixa preta, uvas passas, enfim muita fruta madura de qualidade, alguma madeira (apostamos em barricas de carvalho francês) e um grande volume de álcool.
Na boca, novamente a referência a fruta muito madura, agora alguma cereja - um vinho anti-vegetal -, com taninos que indicam alguma longevidade e um final longo com notas de chocolate amargo.
Entre € 15 e € 20.
Quanto ao vinho propriamente dito, feito com castas francesas (Cabernet Sauvignon, Merlot, e um pouco de Syrah) e um terço da variante local Garnatxa, apresentou-se muito escuro (quase, quase opaco), compacto, com lágrima espessa e de “queda” lenta (como tanto gostamos!). Não admirou assim os seus 14,5º de álcool.
O nariz foi dominado por ameixa preta, uvas passas, enfim muita fruta madura de qualidade, alguma madeira (apostamos em barricas de carvalho francês) e um grande volume de álcool.
Na boca, novamente a referência a fruta muito madura, agora alguma cereja - um vinho anti-vegetal -, com taninos que indicam alguma longevidade e um final longo com notas de chocolate amargo.
Entre € 15 e € 20.
segunda-feira, janeiro 02, 2006
Reserva Ferrerinha (T) 1994
![](http://photos1.blogger.com/blogger/12/1056/200/reserva%20ferreirinha.jpg)
a "coisa" complicou no jantar de Natal. De facto, abrimos duas garrafas de Reserva Especial Ferreirinha 1994. Abrimos a custo devo dizer, pois ambas as rolhas estavam surpreendentemente em más condições, a querer mesmo quebrar em plena metade.
Mas o breve desalento no "sacar a rolha" passou imediatamente... mal abrimos o néctar, um portento de sabores a fruta vermelha saiu da garrafa (o que não deixou de ser curioso, tratando-se de um douro com mais de 10 anos, ainda por cima um Ferreirinha!).
Mas o breve desalento no "sacar a rolha" passou imediatamente... mal abrimos o néctar, um portento de sabores a fruta vermelha saiu da garrafa (o que não deixou de ser curioso, tratando-se de um douro com mais de 10 anos, ainda por cima um Ferreirinha!).
Contudo, após a decantação, não foi necessário esperar muito mais para sentir o típico bouquet doce e algo químico deste fantástico vinho.
No olhar, rubi escuro e intenso no copo. Fino na boca, muito corpo e todo ele elegante, com fruta madura imediatamente acessível, e madeira perfeitamente alinhada. Forte concentração e um final longo.
No olhar, rubi escuro e intenso no copo. Fino na boca, muito corpo e todo ele elegante, com fruta madura imediatamente acessível, e madeira perfeitamente alinhada. Forte concentração e um final longo.
Não era um Barca Velha, pois apesar de “novo” estava já com uma maturação muito aceitável. Mas era muito bom.
Subscrever:
Mensagens (Atom)