Vinhos BEYRA
Os mais atentos aos
lançamentos de novidade vinícolas já conhecerão, porventura, este novo projecto
de Rui Madeira (criador da VDS no Douro Superior). E isto porque aqui e ali (na
imprensa escrita e nos blogs) já muito se escreveu – são vinhos de altitude,
com óptima acidez e mineralidade, frescos e com um final de boca assinalável. É
tudo verdade. Também é realçado que a presença de filões de quartzo no terroir
da Vermilhosa é uma mais-valia, o que também é verdade, apesar de não ser
exclusivo do concelho de Castelo Rodrigo (de repente, lembramo-nos de Macedo de
Cavaleiros que também os tem, e disso se sente nos óptimos vinhos de Valle
Pradinhos).
Assim, quanto a nós, o que
queremos assinalar neste novo projecto, a par da mineralidade e frescura dos
vinhos, é a fantástica relação preço-qualidade dos mesmos. Por ora, são três os
vinhos, e por ora só brancos; o mais caro – o belíssimo Beyra (b) Superior 2011
– cifra-se em 9€. Mas o espanto é maior quando nos apercebemos que os dois
vinhos de entrada de gama – o Beyra (b) 2011 e o Beyra Quartz (b) 2011 (que,
dizem-me, vendem-se no Continente) – custam, respectivamente, 3€ e 5€ e são ambos muito interessantes. O Quartz, em particular, é de beber e chorar por
mais.
É caso para concluir que beber um branco mineral português deixou de ser um luxo. Com os vinhos deste projecto BEYRA, passou mesmo a ser acessível. Por isso, trata-se obviamente de uma das melhores novidades deste ano.