segunda-feira, dezembro 26, 2005
Termeão "pássaro branco" (T) 2003
Esporão Garrafeira (T) 1997
Elaborado com Cabernet Sauvignon, Aragonês e Trincadeira, estagia por 18 meses em carvalho francês novo e uma parcela em carvalho americano.
Na cor, foi um vinho de cor granada, com nuances de alguma evolução, tonalidade concentrada, deu-nos imediata sensação que estaria em óptima forma. No nariz aromas a fruta madura perdidos num curioso arabesco mineral, algum “cassis” (mas pouco) e grãos de café. Madeira bem doseada a trazer aromas e sabores exóticos, boa presença da casta francesa. Taninos macios e integrados.
Um grande vinho do Alentejo a mostrar que, quando bem elaborados, estes podem descansar uma década antes de serem bebidos.
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Quinta da Sequeira (T) 2001
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Calços do Tanha Reserva (T) 2001
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Condado de Haza Reserva (T) 2000
Como fazia tempo que não depenava a secção espanhola da minha garrafeira, fui buscar um Ribeira del Duero. Após alguma hesitação, lá decantámos um “Condado de Haza Reserva 2000”. Esta segunda quinta de Alejandro Fernández é tida como o seu sonho, depois da muita fama obtida com os “Tinto Pesquera” (aos quais já fizémos referência num texto de 18 de Julho deste ano). Aliás, as duas quintas distam poucos quilómetros, como constatei no ano passado quando percorri toda a estrada de Peñafiel em busca das melhores bodegas.
Ora, este Condado de Haza esteve irrepreensível, em óptimo estado de maturação. Apesar da colheita de 2000 ter ficado furos atrás à de 2001, mostrou uma bonita cor de cereja (típica dos Reserva da região) e aromas equilibrados de madeira, fumo e fruta. Surpreendentemente, o tempranillo esteve repleto de sabores, numa estranha sucessão de frutas maduras diferentes, tudo com uma pouca acidez tradicional.
sexta-feira, dezembro 09, 2005
Cartuxa Reserva (T) 2002
Na boca, já tudo é diferente: vivo, muito fruta (mas não madura), tudo a lembrar o “vinho novo” alentejano que se bebe no próprio ano da colheita. Tem um estilo contra a moda dos tintos carnudos e concentrados, é um tinto suave e ideal para acompanhar certos assados pouco fortes (peixe ou carnes brancas). Apelativo.
A menos de € 20.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Tapada de Coelheiros (B) 2004
A menos de € 10 numa garrafeira. O dobro num restaurante.
segunda-feira, novembro 28, 2005
Quinta do Além Tanha (T) 2001
A feijoada, repleta de carnes e enchidos, com o feijão muito bem cozido mas não esmagado (tendo acompanhado ainda com um pouco de arroz branco, como se faz em Braga).
O vinho, um espanto. Trata-se de um lançamento de mais um belo vinho duriense, desta feita pelo produtor Nuno Matos numa quinta localizada na região do Cima Corgo.
terça-feira, novembro 22, 2005
Calços do Tanha (T) 2000 no Meson Andaluz
Ora, para além da dezena e meia de tapas de qualidade (realce para a empada de perdiz com cogumelos bravos), e de vários pratos de confecção imaculada (rabo de touro em destaque), é o cochinillo de pata preta que mais brilha, trazido directamente da quinta que o proprietário do restaurante possui em Estremoz. Trata-se de leitão verdadeiro, como o nosso bairradio (e não porco!), mas mais tostado e não vem servido afogado em molho de pimenta nem com típicos acompanhamentos de péssima qualidade. Os entendidos dizem que melhor só em Ávila (mata-se com 17 dias) ou em Segóvia (mata-se com 21 dias).
sexta-feira, novembro 11, 2005
Cortes de Cima Touriga Nacional (T) 2002
Vieram as peças de farinheira, os paios, o pão em saco de lona, os queijos, mas a fome não saiu. Carregámos então na carne de alguidar acompanhada ora de migas tradicionais, ora de migas de espargos.
No vinho a escolha estava limitada à região do Alentejo e preferimos uma estreia. O Cortes de Cima Touriga Nacional 2002. É preciso começar por dizer que sou um grande apreciador dos maravilhosos resultados da plantação da Touriga no Alentejo. Os vinhos saem complexos com toques florais e a fruto. Uma maravilha.
Ora, a mais recente experiência de Hans Kristian Jorgensen, saiu também ela fantástica. Após 9 meses em barricas de Carvalho francês o vinho estava jovem com uma cor vermelha muito escura. O aroma dominado por sugestões florais e alguma madeira, mas na boca muita fruta doce e um grande final.
Se os primeiros vinhos Corte de Cima primavam por um estilo exclusivamente de “Novo Mundo”, este Touriga vem mudar um pouco o estilo e, quem sabe, conquistar novos adeptos (é o meu caso). Não admira os 91 pontos da Wine Spectator.
segunda-feira, novembro 07, 2005
Encontros com o vinho... escolhas
Foi o melhor evento relacionado com vinhos em Portugal que tenho memória. Mais de 200 produtores de vinhos (mas também em menor escala de queijos, presuntos, enchidos e azeites) todos no Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL). Foi assim ontem, Domingo dia 6 (e já havia sido de modo igual, mas com mais gente contaram-me, no Sábado dia 5).
Tratou-se do “Encontros com o vinho e sabores 2005”, feira festiva onde a concorrência dá lugar a uma saudável promoção e apresentação ao público (o dia 7 é reservado aos profissionais do sector) das últimas novidades vinícolas... o que significa, de modo redutor, os (fantásticos) vintages 2003, os reservas tinto de 2003 e 2002, e os brancos nacionais de 2003 e 2004 e ainda alguns brancos estrangeiros já de 2005 (só possível no “novo Mundo”!).
A convite da simpática “Adega Algarvia” não perdemos este certame e brigámos na prova de várias dezenas de vinhos. Encontrámos amigos e conhecidos em quase todos os balcões, mesmo nos distribuidores, o André no balcão da Vinalda que o diga. Vários foram também os escanções de restaurantes famosos a quem falámos (o Bruno do "Vírgula", a Ana do "Valle Flor").
Com um copo a tira-colo (literalmente) lá fomos nós a caminho das nossas escolhas nacionais... um delírio meus caros, um delírio.
Muito Bom:
Vintage Quinta do Crasto 2003 (preto na cor, doce, notas brutais a fruto)
Vintage Quinta do Portal 2003 (também preto, mais do doce que o anterior)
Quinta Vale Meão (T) 2003, Douro (quase preto, muito directo e preciso, uma bomba)
Quinta da Leda (T), 2003, Douro (complexo, interessantíssimo, para guardar muitos anos)
Evel Grande Escolha (T) 2003, Douro em sample (novo estilo? não era preciso! continua muito bom)
Bom +:
Quinta dos Roques Touriga Nacional (T) 2003, Dão (boa concentração, o melhor da touriga)
Luís Pato Vinha Pan (T) 2003, Bairrada (sempre fantástico, diferente, vegetal)
FSF Homenagem JMF (T) 2001, Palmela (bela cor, complexo, muita fruta)
Quinta do Portal Grande Reserva (T) 2001, Douro (grande vinho, pronto a beber)
Quinta do Mosteirô Grande Escolha (T) 2003, Douro (bela novidade, vegetal, muito curioso)
Bom:
Quinta do Carmo Reserva (T) 2003, Alentejo (bom na boca, mas no nariz teima em desagradar)
Esporão Alicant Bouchet (T) 2003, Alentejo (aromas a terra, algum mofo e pimentos)
Quinta dos 4 Ventos Reserva (T) 2002 (tem tudo para ser um vinho exemplar, mas é demasiado previsível... repetitivo até)
quinta-feira, novembro 03, 2005
Feira do Vinho "Makro" - destaques
- Quinta do Castro Reserva Vinhas Velhas (T) 2002, Douro – a menos de € 19
- Quinta das Tecedeiras Reserva (T) 2002, Douro – a menos de € 19
- Dolium Reserva (T) 2001, Alentejo – a menos de € 13
- Casa de Santar Touriga Nacional (T) 2000, Dão – a menos de € 13
- Quinta da Bacalhoa (T) 2001, Terras do Sado – a menos de € 11
terça-feira, outubro 25, 2005
Prova cega: Chryseia, Incógnito 3-4, Mouchão, Tecedeiras Reserva, Dolium Reserva, Aurius, etc
Fica aqui um breve resumo do pletórico jantar/prova organizado pela "Wine Society de Macau" e que se realizou no passado Sábado no Clube Militar de Macau:
"Chegados à prova, às 18.30, tínhamos 10 copos "artilhados" com 10 tintos, apenas assinalados com uma letra. Entre os vinhos tínhamos uma folha que continha espaços para colocarmos os nossos comentários aos vinhos ("colour", "nose", "taste", "my points" e "my rankings").
Fomos provando um a um, dando notas e, no final, lá organizamos o respectivo ranking. De seguida, o painel de especialistas ia comentando vinho a vinho. Algo surpreendente foi ver que os dois enólogos presentes (um deles reconhecido mundialmente), não gostaram de vinhos "afamados" como o Chryseia ("pouco complexo"), o Incógnito ("pouco distinto, muito fácil") ou o Mouchão 3-4 ("má interacção entre fruta e madeira e, igualmente, pouco complexo"). Ao invés, adoraram 3 vinhos bem distintos: Quinta das Tecedeiras, Aurius e Dolium (Reserva). Os dois primeiros, para mim, muito abaixo dos vinhos que afirmaram não gostar. Julgo que é a tendência inevitável daqueles que passam a vida a beber vinho: vão à procura da singularidade, da complexidade e de vinhos que fujam ao facilitismo. Não é o meu caso: gosto de vinhos potentes, ricos no nariz, com a madeira presente mas com finais longos e frutados. Chamem-me fácil!
O jantar foi divino: o chef Joaquim Figueiredo dispensa apresentações. Trabalhou no Tavares, no Café da Lapa, na Bica do Sapato e trabalhou, em França, com "estrelas michelin". Preparou então um creme de grão com foie gras e lascas de presunto caramelizado, uns camarões deliciosos numa cama de puré de batata e espargos e umas costeletas de borrego cozinhadas divinalmente. Serviu-se ao jantar um Pêra Manca (B) (que os enólogos elogiaram efusivamente), um Quinta do Portal Rosé (igualmente elogiado), um Sogrape Reserva Alentejo (T) (apenas bom) e um Quinta do Côtto Grande Escolha (T)... "um vinhão"! E tudo sem restrições de quantidade!"
domingo, outubro 23, 2005
Jantar entre amigos: JPR / Aliança / Roques
Para estas gulodices, abriu-se um Antão Vaz (alentejano, claro) de João Portugal Ramos. Vinho branco encorpado de grande densidade e categoria, fruta de boa qualidade mas não exuberante. Um conjunto que se saiu muito bem perante difícil tarefa de combinar com entradas diversas.
Depois, já com a promessa de dois tipos de picanha na pedra – uruguaia e argentina – sacou-se a rolha a um Quinta das Baganhas (T) 2001 que as Caves Aliança produz na Região das Beiras. Vinho notável, muito elegante com muita fruta madura, preciso e directo nas sugestões a madeira, muito bem "construído".
Já com a carne suculenta no prato foi tempo de abrir uma garrafa de Quinta dos Roques Touriga Nacional (T) 2000. Cor fantástica - preta -, muita austeridade no nariz, muito directo à casta com sugestões frescas a frutos vermelhos e uma acidez estonteante. Na boca, os taninos bem marcados foram uma evidência e um final forte marcou o estilo. Melhores anos virão do Dão, bem sabemos, mas este tinto de 2000 esteve muito bem, com uma presença intensa e inesquecível. Como o jantar, que terminou no Bairro Alto.
sexta-feira, outubro 21, 2005
Couteiro-Mor Colheita Selecionada (T)
As últimas duas garrafas que bebi foram, respectivamente, em Sines (no majestoso restaurante "O Migas") e em casa da minha mãe acompanhado de um prato de cozinha italiana. Como noutras ocasiões, também nestas o tinto “Couteiro-Mor Colheita Selecionada” foi valente.
Um espanto este vinho alentejano. A menos de € 11.
quinta-feira, outubro 20, 2005
Callabriga (T) 1999
Para beber, elegemos um Callabriga 1999 da Casa Ferreirinha, propriedade da Sogrape. O néctar, mereceu, soubemos mais tarde, 92 pontos da Wine Spect. Em óptimo estado de evolução, foi um vinho perfeito. Cor escura jovial, no nariz alguma fruta, algum aneto, e muita vida e álcool. Belo corpo, quase viscoso, e um final longo e preciso. Muito bom.
O preço rondou os €25- €30, só do vinho, claro.
terça-feira, outubro 11, 2005
Quinta do Monte d'Oiro Clarete 2004
Como fazia tempo que queria provar a nova vaga de rosés – e comprovar a sua mais recente fama – escolhi o da Quinta do Monte d’ Oiro. Da comida da minha mãe escuso-me comentar – opinião de filho comilão não é para aqui chamada – mas vamos ao vinho: cor lindíssima, mas ligeiramente mais escura do que um típico rosé, na boca um ataque instantâneo de aromas florais. Curiosamente, esta primeira impressão modificou-se ligeiramente com o vinho na boca, tornando-se cada vez mais austero e menos doce, ganhando mesmo uma estrutura muito interessante para um rosé. Terminou num inevitável final curto.
Depois do sucesso do clarete de 1999, elaborado a partir de Syrah, surgiu o de 2003 e este de 2004 elaborados à base da casta Cinsaut – mais uma experiência saída do chapéu do José Bento dos Santos.
Um rosé menos fácil do que seria de esperar, e a pedir Verão (sardinhas com pimentos, saladas, escabeches, pizzas) ou comidas exóticas (sobretudo chinesa), a menos de € 7.
domingo, outubro 09, 2005
Bolonhês - Monte dos Seis Reis (T) 2003
Tempo ainda para escrever que se tratava de vinho feito a partir das castas que melhor “servem” a região – aragonês, trincadeira, alicante bouschet e tinta caiada – com fermentação em cubas de inox e a maloláctica, e um estágio de 8 meses em barricas de carvalho francês e do caucaso, seguindo-se finalmente o estágio em garrafa.
Na cor – grenada e luminosa – e no nariz muita fruta madura (mas não doce, longe da compota) e madeira evidente. Corpo interessante (mas não se pode exigir longevidade, vejamos os próximos 5 anos) e taninos macios, algo escondidos. É pena as poucas referências a terra e a trufas (que tanto gostamos!), e a pouca evidência ao calor da planície (será a tentação do novo mundo?). Ainda assim um vinho muito bom, guloso, com um belo final e que deve ser bebido novo. A menos de € 8 numa Garrafeira.
quarta-feira, outubro 05, 2005
Feiras de vinhos nos hipermercados - destaques
- El Corte Inglês:
Dehesa Gago (T) 2002, Toro, Espanha - a menos de € 8
Quinta de São Francisco (T) 2001, Óbidos - a menos de € 7
Terras do Pó Reserva (T) 2003, Palmela - a menos de € 7
Quinta do Sanguinhal monocastas (T) 2001, Óbidos - a menos de € 5
- Continente:
Quinta dos Carvalhais Encruzado (B) 2003, Dão - a menos de € 15
Quinta de Cabriz Encruzado (B) 2003, Dão - a menos de € 8
H. do Esporão Verdelho (B) 2004, Alentejo - a menos 6 €
- Jumbo:
Evel Grande Escolha (T) 2001, Douro - a menos de € 12
João Portugal Ramos Syrah (T) 2003, Alentejo - a menos de € 9
Morgado Sta Catarina (B) 2003, Bucelas - a menos de € 8
segunda-feira, outubro 03, 2005
Qta do Sanguinhal Syrah / Touriga (T) 2001
Abriu-nos a porta o proprietário e fomos servidos pelo filho. Reinava o ambiente familiar (e sportinguista, o que me agradou) e as entradas começaram a rolar pela mesa. Primeiro os ovos com cogumelos bravos, depois o paio do lombo, para o fim morcela de arroz da região. Nas refeições propriamente ditas, iniciámos com uns jaquinzinhos em arroz de tomate (uma delícia) para depois terminar com uns lombos de porco preto (prato sempre vulgar, mas muito bem preparado).
Para os deleites da bebida, escolhemos um vinho da terra – Região de Óbidos – um interessante “Quinta do Sanguinhal Syrah e Touriga Nacional” de 2001.
terça-feira, setembro 27, 2005
Vindimas no Douro: um fim de semana
Sábado, a horas impróprias (umas inimagináveis 7.00h da manhã!), arrastamo-nos para a belíssima estação de São Bento. Tenho há muito tempo um gosto especial por estações de comboio, e São Bento é uma das (pequenas) estações que tanto gosto.
O destino: o Douro, mais propriamente a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo. A viagem, que durou cerca de 2 horas até ao apiadeiro de Ferrão, foi feita grande parte à beira rio... E o olhar, sobretudo em época de vindima, perde-se na busca daqueles pequenos traços longínquos, consumidos nos socalcos, que afinal são pessoas.
Pouco depois saímos do comboio num pequeno pulo, já no Cima Corgo, próximo do Pinhão, e encontrámos a "Quinta Nova" com uma exposição solar magnífica e 1,5 km de extensão ao longo da margem do rio Douro. À nossa espera, mais de 120 hectares de vinha (a maioria vinha nova), o primeiro hotel rural vinícola, e a simpatia dos gerentes.
Um pequeno passeio pela quinta (durante muitos anos ligada à família Burmester), uma visita à vindima, um pic-nic reforçado e uma sesta. Só o sossego daquele vale, vale tudo.
Antes, ainda uma visita à adega em pleno labor.
Já no Domingo, após o pequeno almoço, foi hora de mais comboio até ao Pinhão e depois um magnífico cruzeiro até Gaia. Um fim de semana em cheio, e aqui tão perto.
sexta-feira, setembro 16, 2005
Quinta de Macedos (T) 2001
Ainda bem que resisti: por mim esperavam uma casa simpática (isso já eu sabia), um amigo nervoso (calculava, pois também já estive em situações de "dar-me a ler" aos outros), e duas preciosas perdizes... com “essa” não esperava eu! Que surpresa!, um casal de galináceos reais, corpulentos na sua pequenez natural, jaziam num molho eficazmente discreto.
Nos vinhos, estávamos reduzidos a um par de escolhas. Retirámos do aplique um Quinta de Macedos 2001. Momento maior da noite!
Com uma presença enorme, notas de frutos pretos muitíssimo maduros, taninos macios mas potentes (ah, como desejámos uns copos adequados...)
quinta-feira, setembro 15, 2005
Quinta de Pancas Touriga Nacional Sp. Selection (T) 2001
Chegou então o prometido Touriga de Alenquer cuja garrafa se abriu (finalmente!) para nosso rejubilo. Com uma forte componente floral à casta, atacou bem a boca desde o início dando provas que desejava ser bebido...
Um bela escolha a mais de € 20 a garrafa.
segunda-feira, setembro 12, 2005
Galeria Cabernet Sauvignon Special Selection (T) 1997
Chegado a sua casa, começou-se pelas tâmaras com bacon, mais um queijo d’ Ilha e um de azeitão (que reinou altivo).
Nos beberes a festa continuou com um muito interessante cabernet sauvignon da "Galeria" (Grupo Caves Aliança) da colheita de 1997. No copo, a cor notava já alguma evolução mas sem perder nitidez, enquanto no nariz um puro cabernet nos seduzia rapidamente com fragância a especiarias (pimenta preta, açafrão), algum pimento verde e muita madeira (a prometida “oak aged” anunciada, de modo um pouco caricato, no rótulo). Na boca, continuou um cabernet definido; a fruta, todavia, não conseguiu sobressair na sua máxima intensidade. Bom final, e alguma graciosidade (quase elegância...) típica de vinhos com alguns anos de garrafa.
Uma nota final no sentido de referir que as Caves Aliança substituíram entretanto a designação “special selection” pela portuguesa “Reserva”, o que se aplaude.
Para quem gosta, ou quer experimentar, um puro cabernet (mas não exige a elegância, nem o preço, de um Bordéus) é um vinho a não esquecer. Pelas colheitas recentes, a marca pede cerca de 20 € por garrafa.
Prova de Reservas Francisco Nunes Garcia
domingo, setembro 11, 2005
Ruffino Chianti (T) 2003
Bonita cor rubi pálida, sem excessos de concentração, aroma vivo com notas subtis a frutos vermelhos. Muito agradável.
A regra confirmou-se.
sexta-feira, setembro 09, 2005
Jantar com João Portugal Ramos
A todos sortudos, como nós, que no dia 30 deste mês estarão sentados à “mesa com” os mais recentes vinhos do João Portugal Ramos(colheita 2003), cabe lembrar que já se sabe mais qualquer coisa sobre alguns dos vinhos tintos que serão degustados lá para o final do mês... e que vinhos !!! A saber:
- “Conde do Vimioso Reserva 2003” (as anteriores colheitas fizeram sempre parte de todas as short-lists dos melhores vinhos do ano);
- “Quinta Viçosa Touriga Nacional/Merlot 2003” – diz quem já provou que é simplesmente fantástico... talvez o melhor JPR...
- “Quinta Foz de Arouce Vinhas Santa Maria 2003” – um vinho clássico e lendário que JPR tem ressuscitado... lembro-me do meu amigo Francisco Mendes Correia me oferecer um de 89 e já era uma “bomba”... como será o de 2003 ?
O jantar terá lugar no restaurante "A Commenda" no Centro Cultural de Belém e é mais uma grande iniciativa da garrafeira "Coisas do Arco do Vinho".
segunda-feira, agosto 29, 2005
5 brancos à prova do Verão
QUINTA DE SAIRRÃO RESERVA (B) 2004
Parámos o barco e superámos o lodo. Após uma ida a casa visitou-se a localidade de Santa Luzia bem perto de Tavira. A razão deste nosso regresso a Santa Luzia – já lá deixáramos o barco – prendia-se com a visita ao “Capelo”, restaurante de especialidade marisqueira. Vieram as amêijoas e as postas de um pargo grelhado, a acompanhar bastou uma bela salada de alface e tomate.
Para beber provámos o douriense “Quinta do Sairrão”. Foi o nosso primeiro contacto com esta quinta e gostámos muito da frescura imediata deste branco, do seu maracujá evidente; mas também das notas doces que se manifestavam (seria banana?) escondidas num final longo. Com uma boa presença e sem agulha, sobresaiu a cor quase amarela, bonita desde o primeiro olhar. Bom +.
MARQUES DE RISCAL SAUVIGNON (B) 2004
A recompensa de ir à praça de manhã seria uns belos salmonetes para jantar. Cozeram-se umas batatas e preparou-se uma salada. Os ditos – peixe maravilha quase marisco – foram colocados na grelha, trocou-se a sua posição, e o manjar estava pronto.
Também preparámos o Marques de Riscal Sauvignon, bem fresco como apetece no Verão. Apesar da “bodega principal” desta marca espanhola estar situada na zona de Rioja (com uma arquitectura duvidosa, diga-se) este vinho é feito a partir de uvas de Rueda, zona próxima de Valladolid – território de vinhos brancos interessantes como os “Palácio del Bornos” (sobretudo o verdello, mas também o sauvignon).
Quanto a este Riscal mostrou-se límpido desde logo, de sabor carregado à casta e um toque a “mão de gato” que criou uma leve sensação de desprazer perto do final. É um sauvignon curioso mas pesado, que no entanto terá sem dúvida os seus apreciadores (aqueles que preferem sabor intenso a harmonia). Bom.
SOLAR DAS BOUÇAS (B) 2004
Ao terceiro dia veio a feliz contradição: camarões grandes (tamanho 1) e carapaus pequenos. Os primeiros grelharam-se, os segundos levaram fritura valente. O calor apertava (e eu que o diga ao comando da grelha) e apetecia um vinho verde... e porque não um Solar das Bouças 2004? Todo feito a partir da casta Loureiro, começou por demostrar estrutura interessante alicerçada numa “agulha” muito agradável. Conjunto muito afinado, algum ananás e um forte sabor citrino, muita leveza. Um conjunto que apela a um dia quente e a marisco. Bom +.
BUCELAS (B) 2003
Na lota seguimos pelo arroz de marisco, mas para acompanhar escolhemos o “Bucelas 2003” das Caves Velhas. A escolha no entanto começou por desapontar na cor, algo deslavada (quase aguada). Infelizmente na boca o vinho confirmou as expectativas e revelou-se um arinto furos abaixo do habitual da marca, sem a nobreza da casta. Pouco sabor a fruta, algum maracujá ligeiro (camuflado) e pouco mais. No nariz esteve regular. Suficiente.
QUINTA DO AZEVEDO (B) 2003
E no final, veio o vencedor. A acompanhar uns audaciosos bocados de espadarte do Algarve – sempre óptimo na grelha – abrimos um dos melhores brancos da Sogrape. Vinho verde, de grande porte, muita agulha mas não em exagero, esteve muito bem. Sabor intenso, ora tropical ora citrino. Cor amarela clara, de nariz subtil e sublime. Muito bom. O melhor do lote... no último dia. Bom ++.
quarta-feira, agosto 17, 2005
Quinta dos Carvalhais Encruzado (B) 2003
Mas foi a beber que as lágrimas correram pela face... A sugestão era um “Quinta dos Carvalhais Encruzado 2003”, e tudo virou sublime de súbito ... o próprio patê, antes uma mixórdia, parecia agora um pitéu digno dos deuses.
É preciso dizer que estava uma noite abafada, e – estranhamente – não me apetecia a fruta tropical de um Alvarinho. Ao invés, o calor da noite chamava um líquido mineral e com muita personalidade. E foi o que encontrámos com o Encruzado, casta branca predilecta do Dão. Outros “Encruzados” havíamos já provado e saudado – o da “Quinta do Cabriz 2002”, por exemplo – mas este da “Quinta dos Carvalhais” bateu a concorrência. Gritámos tratar-se de um dos melhores brancos de 2003! E ninguém protestou.
Grande cor, grande corpo, alma limpa e alguma fruta citrina, um final prolongado e insistente, muito mineral e um toque a madeira que conferiu um equilíbrio perfeito e uma elegância pungente como poucos brancos têm.
A € 15 nas garrafeiras, está entre os melhores brancos portugueses de 2003 (e de 2004) que até hoje provei.
sexta-feira, agosto 12, 2005
Portos: Vintage 87 e LBV 2000
Em menos de uma semana e tivemos duas subidas ao céu: a primeira, com o excelente vintage 87 da Real Companhia Velha. Alguns dias depois, com o explosivo LBV 2000 da casa Burmester.
O ano de 1987 foi um ano muito bom no Douro, mas foram outras as vindimas dos anos oitenta que tiveram o máximo protagonismo da década, refiro-me aos inesquecíveis vintages de 83 e 85. Ainda que nem todas as marcas tenham declarado vintage em 1987 – ao que parece existia pouco vinho – a verdade é que algumas marcas de referência não hesitaram em declará-lo. Foi o que aconteceu com a Niepoort, Ferreira, Martinez, Offley e claro, com a Real Companhia Velha.
E o que dizer deste Porto? uma fruta elegantíssima, um equilíbrio total nos taninos, e desde logo uma maturidade que nos ofereceu a certeza de tratar-se um vintage para durar pouco mais que vinte anos. Bebemo-lo na altura certa, podemos concluir.
Quanto ao ano de 2000, é por todos sabido ter sido um ano exemplar... e o LBV da Burmester não desapontou: esteve pujante, com muita compota, fruta madura intensa e com alguma baunilha que a madeira lhe conferiu.
Duas propostas fantásticas, mas bem diferentes, tal como o preço, aliás...
quarta-feira, agosto 10, 2005
Novidades para a garrafeira: Agosto, 2005
- Quinta da Tapada (Coelheiros) (T) 2003 – até € 10
- Herdade do Pinheiro (T) 2002 – até € 7
terça-feira, agosto 09, 2005
Muros Antigos Espumante Bruto (B) 2002
Para entrada, aconteceu um acepipe da mais alta qualidade, bruxas de Cascais... frescas, fresquissímas estas miniaturas de molusco... depois já a famosa travessa do mar com dourada e robalo (do mar) grelhadas e uns robustos camarões a acompanhar.
E a beber escolhemos um espumante, uma aposta certeira. "Muros Antigos" em balde e flutes apropriados. Com 30% de Alvarinho e o restante de Alvarelhão tinta, apresentou-se com uma curiosa cor rosada (certamente do Alvarelhão) e na boca uma explosão refrescante de fruta vermelha (mas não madura), tropical e algum pêssego. Um espumante bruto de método clássico, lindíssimo, e mais refrescante e vivo que os rivais da Bairrada.
Uma fantástica opção para quem não quer apenas mais um vinho branco...
quarta-feira, agosto 03, 2005
Encostas de Estremoz Touriga 2003 (T) - II acto
domingo, julho 31, 2005
Quinta Fonte do Ouro 2003 Touriga Nacional (T)
Os ares frescos de Penacova não podiam inspirar a escolha de um vinho que não de uma região como o Dão. Perante esta evidência - quase imposição! - provou-se um "Quinta da Fonte d’Ouro 2003 Touriga Nacional".
A garrafa tinha-nos sido gentilmente oferecida (com sorte pelo meio...) durante a sua primeira apresentação pelo enólogo Nuno Cancela de Abreu responsável pelo vinho , e o rótulo provisório (com a indicação do ano marcada à mão) atestava isso mesmo. Segundo a lição do mister responsável pelo vinho, cabia a este ainda uma “afinação” final antes de sair para o mercado, mas - como a garrafa dada não se olha o dente - abri a minha de imediato. É, portanto, possível que as minhas próximas palavras não estejam totalmente em conformidade com o vinho versão final que saiu agora para as estantes das casas comerciais.
Temos então: um Dão intenso, com a presença forte da Touriga; mas foi a sua acidez cuja recordação durou a tarde inteira (tendo mesmo resistido com bravura à sesta que gozei). No nariz muita fruta vermelha e alguma caruma (mas o nariz andou confuso quando procurámos outros aromas, talvez por se tratar de um vinho jovem). A cor - vermelha intensa muito bonita!
Deu-nos a clara ideia tratar-se de um vinho que vai ganhar com o descanso condigno nas nossas garrafeiras, mas não tem estrutura para durar muito tempo. A beber já trata-se de um touriga honesto e bem construído, contudo sem dimensão para combates com os seus rivais dourienses, e falta-lhe aquele sabor a terra e o caracter quente que ansiamos nos actuais tourigas alentejanos. Mas atenção!, a acidez que demostrou - agora demasiado intensa, daquia 2 anos talvez perfeita - será certamente um trunfo deste estilo do Dão.
A menos de € 10, e salvo melhor opinião, é um vinho para guardar 2 ou 3 anos e merecer depois uma cuidada selecção na escolha da comida que vai a acompanhar.
sábado, julho 30, 2005
Novidades para a garrafeira: Julho 2005
- Quinta dos Seis Reis Syrah (T) 2003 – até € 15
- Quinta AlemTanha (T) 2001 – até € 15
- Três Bagos Reserva (B) 2004 – até € 10
- Quinta de Vallado (B) 2004 – até € 10
- Quinta da Alorna Reserva Chardonnay (B) 2004 – até € 5
- Muros Antigos Verde (B) 2004 – até € 10
segunda-feira, julho 18, 2005
Tinto Pesquera 1998 Crianza (T)
E que belo tinto este espanhol da Ribeira del Duero! Com cor vermelha-cereja e alguma lágrima persistente... No nariz, muita fruta, mas também madeira, muita madeira... É um tempranillo espanhol, nota-se de imediato, o primeiro cheiro lembrou-me as adegas que visitei faz meses.
O preço deste 98 é uma incógnita, mas não ficará abaixo de € 25 em qualquer garrafeira especializada.
domingo, julho 17, 2005
Quinta da Pacheca 2003 (B)
Hoje, Sesimbra é uma outra Sesimbra; é uma barafunda completa com automóveis por tudo o que é lado, e é sobretudo um dos piores exemplos do (falta de) urbanismo em Portugal. Mais a cima, Santana, é outra pequena localidade que segue o mesmo caminho do cimento. É pena e é irreversível.
A tasca onde ia com os meus pais já não existe, mas restaurantes onde o marisco e peixe são reis, esses – por força do comércio turista – ainda existem... o "Farol" no centro histórico, o "Ribamar" na primeira linha da Praia do Ouro, a tasca do "Formiga" lá no alto, e o "Tony-bar"...
Regressámosa este último com a promessa de lapas frescas... e lapas frescas encontrámos... mas primeiro uns camarões de Sesimbra (pequenos e bravios) e depois uma santola... a acompanhar escolhemos o “Quinta da Pacheca” 2003 Branco...
Que grande branco! – uns dos melhores que provei este ano – complexo logo no nariz, cor quase amarela-ambar, e na boca um agregado de sabores citrinos e florais... era um pouco de ananás... depois muita uva madura... depois fruta verde...
Feito de Cerceal, Malvasia Fina e Gouveio, é um douriense de gema, um daqueles branco do Douro que nos lembra a frescura de um verde e a uva bem presente de um branco maduro... muito bom.
Custou-me € 12 e valeu cada chapa gasta.
sexta-feira, julho 15, 2005
Quinta da Murta 2004 (B)
Tratou-se de um branco muito seco, citrino e harmonioso mas com pouco a oferecer no nariz. Também na cor faltou limpidez e altivez. Na boca mostrou-se redutor, fresco é certo, mas menos floral do que esperávamos.
A janta, simples e picante – esmagámos três malaguetas –, também não ajudou a prova e os 12% de álcool quase não se notaram.
A menos de € 4 é um vinho de Verão para se beber ainda este ano, mas outros sim - que não este Quinta da Murta - reinam em Bucelas!
sexta-feira, julho 08, 2005
Planalto Reserva 2003 (B)
Mas siga-se já para o beber que estamos em época de sol e no Algarve o calor aperta: um branco douriense de marca consagrada, fruto de constantes colheitas bem conseguidas e a um preço que se manteve longe da especulação. Escolheu-se a Colheita de 2003 e exigiu-se um balde coberto de gelo. Bela cor, boas notas no nariz, tratava-se evidentemente de um vinho refrescante e que viria a mostrar uma surpreendente boa adaptação tanto à amêijoa como ao peixe.
A um pouco menos de € 5 nas garrafeiras e nos hipermercados, é sempre agradável beber um Planalto, cabendo agora provar a colheita de 2004!
segunda-feira, julho 04, 2005
Quinta do Carmo 2004 (B)
sexta-feira, julho 01, 2005
Quinta de Cidrô "Sauvignon Blanc" 2003 (B)
Desta vez, provávamos um só copo, e foi pena. Mas já se encontra na minha lista de futuras aquisições. É a prova que a Real Companhia Velha continua a lançar belos vinhos (quem esquece o Evel GrandeEscolha 1999..?).
segunda-feira, junho 27, 2005
Bastardinho de Azeitão JMF 1984
sexta-feira, junho 24, 2005
Herdade Grande Colheita Selecionada 2003 (B)
No entanto, após alguns instantes, alguns sabores citrinos despontam e uma complexidade refrescante manifesta-se em todo o vinho. Muita harmonia.
Um bom vinho branco abaixo dos € 10, eleito como o “melhor branco do Alentejo” pelos enófilos da região.
Touquinheiras 2002 Verde (B)
Citrino na boca, algum ananás e maracujá, este sobretudo no nariz. Frescura evidente.
Uma vez mais, ficámos com a mesma impressão de sempre: que um Alvarinho não deve ser guardado por muito tempo, ainda que o vinho se mantenha com alguma qualidade por certo período de tempo (neste caso, 3 anos volvidos e o vinho ainda mantinha alguns aromas interessantes).
A menos de € 10, um bom Alvarinho, contudo melhores – e de melhores colheitas – abundam no mercado.
terça-feira, junho 21, 2005
Encostas de Estremoz Touriga Nacional 2003 (T)
Mas não foi só pela curiosidade da touriga plantada no Alentejo que se bebeu este tinto; o seu preço (abaixo dos € 5) também foi um chamariz (para nós que continuamos a procurar a qualidade a um preço justo).
Vinho quente, taninos a sobressair, alguma madeira e muita acidez (neste aspecto bem diferente do que já provámos por outros lados de Estremoz) que disfarçou o álcool (14%) e o estágio de 7 meses. Em conclusão: um belo vinho, a um preço fantástico, que se bebe muito bem por não pecar desse vício de se insistir na produção de vinhos alentejanos de corpo excessivo. E no nariz... tudo era touriga...
O calor que se sente aconselha o uso de uma cinta térmica para refrigerar o vinho.
No Pingo Doce por 4,75€.
sábado, junho 18, 2005
Quinta do Cabriz Reserva 2001 (T)
A sociedade Dão Sul, e sobretudo através da Quinta do Cabriz, é hoje um dos mais bem sucedidos projectos nacionais. Gente jovem e dinâmica com amor aos vinhos e com óptimo apoio enológico (prof. Virgílio Loureiro).
Mas vamos ao interessa, neste caso o "QC Reserva 2001": bebeu-se este vinho por duas vezes, sempre bem acompanhado, a última das quais em dia de muita festa e alegria, defronte de um prato de javali com castanhas, seguido de rosbife no churrasco.
A um óptimo preço, tratou-se de um vinho cheio, com muita acidez, no qual predominou a Touriga Nacional. Alguma caruma e madeira, a primeira no nariz, a segunda mais na boca.
A menos de 10 € nas garrafeiras, um pouco (ou muito) mais nos restaurantes.
quinta-feira, junho 16, 2005
Damasceno 2003 (T)
Por outro lado, a fruta doce e a elevada presença de álcool (14.5%) tornam este vinho ideal para sobremesas (mas sem se tratar de um “vinho de sobremesa”) ou para uma conversa que se prolongue após jantar (mesmo sem comida). Outra sugestão é a conjugação de sabores opostos, escolhendo uma salada verde avinagrada.
Em qualquer caso é um óptimo vinho das “Terras do Sado”, bem diferente – como destacou o mestre Zé Quitério numa das últimas edições do Expresso – do que é costume fazer-se por tais bandas.
A menos de € 10 (numa garrafeira) é um vinho a ter em conta.
quarta-feira, junho 01, 2005
Quinta dos Quatro Ventos 2001 (T)
Mas vamos ao vinho: coloração fantástica, escura mas não impenetrável e um nariz simplesmente fantástico apenas ofuscado, aqui e ali, por um excesso de aroma a baunilha. Já na boca muita especiaria, alguns frutos maduros descobrindo-se (mas a custo) a Tinta Roriz. Contudo, tudo isto apenas num primeiro momento. Depois, o vinho tende a desaparecer. É como se Michael Rolland e as Caves Aliança apenas se tivessem preocupado com a prova. Falta um final adequado a tanto nariz e à qualidade da uva. Superficial, embora sedutor, é a melhor maneira de transmitir a sensação geral. Preço a rondar os € 25 (em estabelecimento comercial).
Vinha da Nora Reserva 1998 (T)
Vila Santa 2003 (T)
terça-feira, maio 31, 2005
Aragonês 2003 João Portugal Ramos (T)
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