segunda-feira, setembro 15, 2008


Crasto (B) 2007

Vem – e provém – de uma casa afamada. De uma casa – quinta, claro seja – que produz um dos ícones do país vinícola, nada menos que um tinto profundo e aveludado resultado do sacrifício da vinha denominada Maria Teresa. Sucede que essa mesma quinta não é apenas a boutique por detrás de grandes vinhos, daqueles vinhos dispendiosos e que nos fazem sonhar. Simultaneamente, ao invés, produz quantidade (em qualidade) e tem na marca Crasto um valor muito seguro... E agora, na colheita de 2007, em versão vinho branco, talvez melhor até do que o tinto, se fosse justo a comparação, coisa que não o é…

O Crasto (B) 2007 vive de uma estrutura forte, é um vinho que não cai em "facilitismo" mas que, ao mesmo tempo (coisa nem sempre fácil de encontrar), é capaz de agradar a qualquer nariz ou palato. Muito bem na prova de nariz, sereno e pouco exuberante de início, boca com fruta saborosa bem citrina e laivos de vegetal (particularmente evidente na sugestão de espargos) e de mineral.

Produzido a partir das castas Gouveio, Roupeiro, Cercial e Rabigato, é um equilíbrio muito consensual entre frescura e estrutura. Sem ser gordo é sério. Sem ser fácil é fresco.

Cuidado com o preço que não sendo caro, anda especulativo em algumas garrafeiras espalhadas pelo país. Recomenda-se muito a sua compra a menos de € 12.

16,5


Próximos vinhos: Valle Pradinhos (B) 2007; Quinta de Cabriz Encruzado (B) 2007; Quinta do Crasto Old Vines Reserva (T) 2006; Crasto (T) 2007; Altas Quintas (T) 2005

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