Mirabilis Grande Reserva (b) 2011
Topo de gama da Quinta Nova da Nossa Senhora do Carmo em matéria de brancos. Esta quinta do Cima Corgo no Douro tem uma enorme exposição a sul pelo que não dispõe de encepamento branco e, por isso, conta com fornecedores de uvas branca com vinhas em terras mais altas (Alijó e arredores). No ano de 2011 - inequivocamente bom para brancos (e tintos, já agora) - foi-se atrás de matéria-prima ainda melhor procurando criar um vinho branco mineral e complexo. Segundo o produtor, procurou-se criar um branco à imagem dos vinhos da Borgonha, o que revela ambição, apesar das evidentes diferenças entre as duas regiões.
Muito bom aroma, a sentir-se as notas de fumo da madeira, felizmente sem nenhuma vertente adocicada ou baunilhada. A fruta, muito delicada, chega depois, e depois ainda sugere-se um ligeiro floral e um bom ataque mineral. Fresco, acidez em alta (mas ainda longe da acidez natural da Borgonha, naturalmente), termina bem. A nosso ver, melhorará significativamente em garrafa nos próximos 2 a 4 anos.
Em suma, mais um bom e sério branco do Douro. Aliás, sendo o Douro uma terra tradicionalmente de tintos, na verdade existe já uma mão cheia de bons (seriamente bons) brancos durienses. E este é um deles.
17+