quarta-feira, novembro 28, 2012

Novidade

Poças Reserva (b) 2011

A matéria-prima do vinho parece interessante apesar de morna, mas o trabalho com a madeira desiquilibra o vinho. Nesta fase, temos notas florais demasiado presentes (quase irritantes) por um lado. Do outro lado, encontramos notas de vagem de baunilha e de afia lápis que ajudam à desilusão. Tudo somado, salva-se o fim de prova de boca que se sugere com algum prolongamento.

Massas vínicas com pouca acidez e excesso do uso de madeira tornam este vinho algo chato apesar do seu inegável volume.

15

terça-feira, novembro 27, 2012

Prova Especial

Vertical Colheitas da 'Quinta do Noval' 


Foi no âmbito das Provas Especiais da última edição do EVS. A foto revela as cores. E as cores revelam as idades dos vinhos. Todos bons, alguns muito bons, sendo que os Colheitas de 1971 e de 1964 brilharam muito, muito mesmo! 

sábado, novembro 24, 2012

Novidade

Mirabilis Grande Reserva (b) 2011


Topo de gama da Quinta Nova da Nossa Senhora do Carmo em matéria de brancos. Esta quinta do Cima Corgo no Douro tem uma enorme exposição a sul pelo que não dispõe de encepamento branco e, por isso, conta com fornecedores de uvas branca com vinhas em terras mais altas (Alijó e arredores). No ano de 2011 - inequivocamente bom para brancos (e tintos, já agora) - foi-se atrás de matéria-prima ainda melhor procurando criar um vinho branco mineral e complexo. Segundo o produtor, procurou-se criar um branco à imagem dos vinhos da Borgonha, o que revela ambição, apesar das evidentes diferenças entre as duas regiões.

Muito bom aroma, a sentir-se as notas de fumo da madeira, felizmente sem nenhuma vertente adocicada ou baunilhada. A fruta, muito delicada, chega depois, e depois ainda sugere-se um ligeiro floral e um bom ataque mineral. Fresco, acidez em alta (mas ainda longe da acidez natural da Borgonha, naturalmente), termina bem. A nosso ver, melhorará significativamente em garrafa nos próximos 2 a 4 anos.

Em suma, mais um bom e sério branco do Douro. Aliás, sendo o Douro uma terra tradicionalmente de tintos, na verdade existe já uma mão cheia de bons (seriamente bons) brancos durienses. E este é um deles.

17+

quarta-feira, novembro 14, 2012

do antigamente (ou nem tanto)


Quinta das Maria encruzado barricas (b) 2007


Já o tínhamos provado um bom punhado de vezes antes. Agora está num excelente momento de forma, pelo menos esta garrafa (apanhei algumas com rolha), apesar de ser difícil antecipar a sua longevidade. A madeira sente-se mas incomoda menos do que quando era novo, a fruta está mais fina, e a austeridade inicial mais domada, inclusivamente com um final de boca mais longo. Muito bem.



sábado, novembro 03, 2012

Prova

Terra d' Alter Reserva (t) 2009

Depois do branco de 2010 (provado aqui) é tempo do tinto de 2009, agora que faz mais frio. Em ambos os vinhos, uma mesma matriz: vinhos secos e gastronómicos.

Este tinto encontra-se solto, ou seja não proporcionada uma prova pesada nem chata, antes pelo contrário. A fruta no nariz é bonita, não demasiado carregada, e a madeira também se funde bem no perfil aromático do vinho que exala notas de anis e outras mais químicas. A prova de boca é talvez ainda melhor, com garra, fruta fresca, tudo longe de perfis mais quentes e aborrecidos.

Um bom vinho do alto Alentejo, de pendor gastronómico e elegante, e com um preço interessante.

16,5