O que segue não se trata de uma lista dos melhores vinhos provados em 2006. Muito menos de uma selecção rigorosa das novidades ou estreias que viram luz neste ano que finda. Em rigor, nem se trata sequer de uma lista… mas antes de um apanhado de boas coisas nacionais – sobretudo surpresas e estreias, mas também algumas confirmações – com que nos deparámos em 2006 e nos lembrámos de escrever. Como é natural, os preços são meramente indicativos.
Comecemos pelas surpresas. O ano de 2006 foi o ano da afirmação do Vértice (T) 2003 (€ 12), um dos melhores e mais acessíveis tintos do Douro. Elegante, sem problemas ou dilemas de estilo, directo e frutado qb foi, sem dúvida, uma das melhores surpresas do ano que está prestes a terminar; a crítica internacional muito favorável tornou-se, por isso, inevitável. Outra surpresa acessível foi o Ermelinda Freitas Touriga Nacional (T) 2003 (€10), que já conta com uma edição de 2004 na mesma linha. Forte e carnudo, mas fresco e revigorante também, é um tinto que merece ser guardado por uns alguns anos na garrafeira.
Mais dispendioso do que os anteriores, mas nem por isso caro, o Quinta da Vegia Reserva (T) 2003 (€ 20) foi um dos vários vinhos do Dão que saltaram para a ribalta em 2006. A par dos nomes mais conhecidos da região (eg., Roques, Perdigão, Pellada), a Quinta da Vegia e o produtor "Casa de Cello" são já um marco no Dão graças aos seus vinhos prazenteiros e com muita "patine".
Do Alentejo, o Grou (T) 2004 (€ 25) foi uma das novidades que mais nos deu prazer beber. Um tinto cheio de cor, incisivo e inesquecível, perfeitamente apto para devaneios gastronómicos de forte impacto. Os tintos alentejanos do produtor "Dão Sul" também surpreenderam: o complexo Monte da Cal Reserva (T) 2003 (€ 9) e o sedutor Monte da Cal Aragonês (T) 2004 (€ 6).
Da Bairrada, o projecto de Manuel Campolargo parece arrastar toda uma região aparentemente parada para as prateleiras das garrafeiras e supermercados. A hiper-criatividade trouxe belos tintos como o Termeão Pássaro Ver. (T) 2004 (€ 17) e o Diga? (T) 2004 (€ 25).
Das Beiras, o pódio é ocupado pelo fantástico Casa de Aguiar (T) 2004 (€ 10), uma marca em ascensão no universo das "Caves Aliança", e que, na colheita de 2004, atingiu um nível elevadíssimo. Menção honrosa também para o Versus (T) 2004 (€ 6), um tinto forte e duro que deu muito de falar na imprensa escrita e na blogosfera, ainda que nem sempre de forma unânime.
Mas o ano de 2006 também foi um ano da confirmação dos tintos da Estremadura. O lançamento dos vinhos da "Quinta de Pancas" - o nem sempre consensual Reserva Especial (T) 2003 (€ 25) e o magnífico Pancas Premium (T) 2003 (€ 45) -, os da "Quinta da Monte d’Oiro" com a estreia do day-to-day Lybra (T) 2004 (€ 12), e os topos de gama dos projectos pessoais dos enólogos José Neiva [Francos Reserva (T) 2003 (€ 25)] e de João Melícias [Fonte das Moças Reserva (T) 2003 (€ 10)], são hoje confirmações mais do que certas, redundância à parte.
Do Ribatejo, e na sequência do melhor vinho de sempre da "Casa Cadaval", mostrou a sua raça um novo tinto de gama média/alta com elevado aprumo e estilo “novo mundista”: o Mythos (T) 2003 ( € 15): néctar escuro e muito poderoso cabaz de ombrear com tintos de outras paragens mais a sul.
Das várias "segundas marcas" que proporcionam muito prazer, os durienses Prazo de Roriz (T) 2003 e Post Scriptum (T) 2004, e o Quinta da Chocapalha (T) 2004 de Alenquer, são três sólidos destaques de 2006 (€ 7 - € 9).
Comecemos pelas surpresas. O ano de 2006 foi o ano da afirmação do Vértice (T) 2003 (€ 12), um dos melhores e mais acessíveis tintos do Douro. Elegante, sem problemas ou dilemas de estilo, directo e frutado qb foi, sem dúvida, uma das melhores surpresas do ano que está prestes a terminar; a crítica internacional muito favorável tornou-se, por isso, inevitável. Outra surpresa acessível foi o Ermelinda Freitas Touriga Nacional (T) 2003 (€10), que já conta com uma edição de 2004 na mesma linha. Forte e carnudo, mas fresco e revigorante também, é um tinto que merece ser guardado por uns alguns anos na garrafeira.
Mais dispendioso do que os anteriores, mas nem por isso caro, o Quinta da Vegia Reserva (T) 2003 (€ 20) foi um dos vários vinhos do Dão que saltaram para a ribalta em 2006. A par dos nomes mais conhecidos da região (eg., Roques, Perdigão, Pellada), a Quinta da Vegia e o produtor "Casa de Cello" são já um marco no Dão graças aos seus vinhos prazenteiros e com muita "patine".
Do Alentejo, o Grou (T) 2004 (€ 25) foi uma das novidades que mais nos deu prazer beber. Um tinto cheio de cor, incisivo e inesquecível, perfeitamente apto para devaneios gastronómicos de forte impacto. Os tintos alentejanos do produtor "Dão Sul" também surpreenderam: o complexo Monte da Cal Reserva (T) 2003 (€ 9) e o sedutor Monte da Cal Aragonês (T) 2004 (€ 6).
Da Bairrada, o projecto de Manuel Campolargo parece arrastar toda uma região aparentemente parada para as prateleiras das garrafeiras e supermercados. A hiper-criatividade trouxe belos tintos como o Termeão Pássaro Ver. (T) 2004 (€ 17) e o Diga? (T) 2004 (€ 25).
Das Beiras, o pódio é ocupado pelo fantástico Casa de Aguiar (T) 2004 (€ 10), uma marca em ascensão no universo das "Caves Aliança", e que, na colheita de 2004, atingiu um nível elevadíssimo. Menção honrosa também para o Versus (T) 2004 (€ 6), um tinto forte e duro que deu muito de falar na imprensa escrita e na blogosfera, ainda que nem sempre de forma unânime.
Mas o ano de 2006 também foi um ano da confirmação dos tintos da Estremadura. O lançamento dos vinhos da "Quinta de Pancas" - o nem sempre consensual Reserva Especial (T) 2003 (€ 25) e o magnífico Pancas Premium (T) 2003 (€ 45) -, os da "Quinta da Monte d’Oiro" com a estreia do day-to-day Lybra (T) 2004 (€ 12), e os topos de gama dos projectos pessoais dos enólogos José Neiva [Francos Reserva (T) 2003 (€ 25)] e de João Melícias [Fonte das Moças Reserva (T) 2003 (€ 10)], são hoje confirmações mais do que certas, redundância à parte.
Do Ribatejo, e na sequência do melhor vinho de sempre da "Casa Cadaval", mostrou a sua raça um novo tinto de gama média/alta com elevado aprumo e estilo “novo mundista”: o Mythos (T) 2003 ( € 15): néctar escuro e muito poderoso cabaz de ombrear com tintos de outras paragens mais a sul.
Das várias "segundas marcas" que proporcionam muito prazer, os durienses Prazo de Roriz (T) 2003 e Post Scriptum (T) 2004, e o Quinta da Chocapalha (T) 2004 de Alenquer, são três sólidos destaques de 2006 (€ 7 - € 9).
No Douro, sempre o Douro, merece uma palavra de elogio os projectos que começaram a consolidar-se e deram luz ao poderoso Quinta da Touriga-Chã (T) 2004 (€ 30), ao distinto Quinta da Sequeira Grande Escolha (T) 2002 (€ 20) e ao concentradíssimo Odisseia Touriga (T) 2004 (€ 22), entre outros exemplos. Ainda no Douro, para além de várias marcas com tintos ainda não provados - CV 2004, Quinta de Macedos 2003, Gouvyas 2004, Vallado Reserva 2004, Poeira 2004, VT 2004 -, tivémos a confirmação do La Rosa Reserve (T) 2004 (€ 22), talvez o melhor de sempre da casa centenária, bem como dos Quinta de Roriz (T) 2004 (€ 30) e Quinta de Vale Meão (T) 2004 (€ 48).
Nos brancos, o ano de 2006 deu a provar a óptima colheita de 2005 da qual foram lançados vinhos verdadeiramente surpreendentes. Se em 2004/2005 o mercado notou o surgimento de um conjunto selecto de vinhos com muita qualidade, já em 2006 a diferença foi a maior quantidade de propostas cativantes. A par das confirmações do untuoso Esporão Private Selection (B) 2005 (€ 17) e do delicado Soalheiro (B) 2005 (€ 10), ficámos com sede para o floral Tiara (B) 2005 (€ 15) da Niepoort e para o citrino Muros Antigos Loureiro (B) 2005 (€ 6). Isto claro, para não falar de voos mais altos (leia-se Redoma Reserva 2005 a € 30).
Finalmente, nos generosos, o Quinta do Noval Vintage (P) 2004 (€ 60) encheu-nos as medidas. Não é original, mas também não se amam os Portos pela originalidade.
Fica por aqui este périplo de alguns destaques pessoais provados em 2006, com a certeza que muito ficou por escrever, e com o desejo de um 2007 com muito mais para provar e divulgar.
Votos de um fantástico 2007 para todos.
NOG
Nos brancos, o ano de 2006 deu a provar a óptima colheita de 2005 da qual foram lançados vinhos verdadeiramente surpreendentes. Se em 2004/2005 o mercado notou o surgimento de um conjunto selecto de vinhos com muita qualidade, já em 2006 a diferença foi a maior quantidade de propostas cativantes. A par das confirmações do untuoso Esporão Private Selection (B) 2005 (€ 17) e do delicado Soalheiro (B) 2005 (€ 10), ficámos com sede para o floral Tiara (B) 2005 (€ 15) da Niepoort e para o citrino Muros Antigos Loureiro (B) 2005 (€ 6). Isto claro, para não falar de voos mais altos (leia-se Redoma Reserva 2005 a € 30).
Finalmente, nos generosos, o Quinta do Noval Vintage (P) 2004 (€ 60) encheu-nos as medidas. Não é original, mas também não se amam os Portos pela originalidade.
Fica por aqui este périplo de alguns destaques pessoais provados em 2006, com a certeza que muito ficou por escrever, e com o desejo de um 2007 com muito mais para provar e divulgar.
Votos de um fantástico 2007 para todos.
NOG
PS - Ah... já me esquecia, 2006 também foi ano de nova edição de Barca Velha (1999) mas, por motivos vários, só o provarei para o ano.