quinta-feira, junho 04, 2009


Quinta da Sequeira Grande Reserva (T) 2005

Faz já algum tempo que não escrevíamos sobre os vinhos da Quinta da Sequeira. Depois de várias provas no passado, houve um interregno no acto de trazer ao nariz e boca os néctares desta quinta do Douro Superior. Pois bem, voltamos agora às provas e logo com o respectivo topo de gama da colheita de 2005 (também existe o de '04 provado aqui). Um topo de gama "à antiga" diga-se, ou seja pronto a beber não nos (quase) três anos que já leva de garrafa (que é agora, em 2009), mas certamente daqui por mais dois pares de anos.

Muito escuro no copo, praticamente opaco com bordo violeta. Nariz intenso com notas muito alcoólicas de fruta negra macerada. Expoente vegetal maduro e seco (típico da casa) que percorre toda a prova. Também alguma rusticidade, e madeira mais seca do que baunilhada. Na boca, tudo muito pouco redondo por enquanto, está cheio de vida, taninos literalmente brutais mas saborosos, envoltos num perfil complexo e inebriante não se descortinando, isoladamente, as castas que compõem o lote. Final de boca mais explosivo do que longo.

À semelhança da edição de 2004, temos aqui um vinho que, sendo alcoólico (15º vol.), não quer entrar na moda dos vinhos fáceis e sem arestas. Ao invés, revela-se "feroz" e muito desafiante na díficil relação entre pujança da fruta madura e frescura arrojada dos taninos. E com a grande vantagem de poder – e de se recomendar mesmo – ser guardado na garrafeira nos próximos anos.

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Próximos vinhos: Vinha da Defesa (B) 2008; Esporão Reserva (B) 2008; Alain Graillot Crozes Hermitage (T) 2006; Cabriz Encruzado (B) 2007; Quinta do Boição Escolha (T) 2006

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