quarta-feira, julho 15, 2009


"Douro report": parte 1

São pequenos apontamentos de provas recentes de algumas das últimas produções do Douro (e uma de Trás-os-Montes), em especial das colheitas de 2007 e 2008. São curtas
notas, pois se fossem extensas não caberiam num formato que procura ser simpático e inteligível. Vejamos:

3 Pomares (R) 2008: Apreciamos o estilo - mais seco que doce - mas falta-lhe expressão aromática; muito bem na boca, focada na fruta vermelha fresca com framboesas em destaque; bom preço. 15
Vallado (R) 2008: Muito bem no estilo - seco - mas muito expressivo. Boca cativante com fruta em evidência mas sem qualquer excesso; uma bela surpresa a conhecer. 15,5
Valle Pradinhos (R) 2008: Um dos nossos rosés favoritos; nariz contido com floral da Touriga Nacional; absolutamente seco na boca (quase palha), simplesmente imperdível. 16,5
Vallado (B) 2008: Muito fresco e acessível no estilo; nariz com fruta em evidência; descomplicado; boca prazenteira; ligeiro "pico" nesta fase (sulforoso?); bom preço. 16
Conceito (B) 2008: Algum peso excessivo prejudica o primeiro impacto; belíssima fruta branca madura, e final em evolução; poderá melhorar muito em garrafa. 16,5 +
Grainha (B) 2008: Muito fresco (apenas 50% de madeira nova), brilhante acidez, subtil, ligeiras notas a café; acaba tenso e vibrante; muito acima da versão tinta. 17
Quinta do Tedo (T) 2007: Bela surpresa; nariz duriense com fruta de bosque e flores; sedutor mas linear na boca; taninos já macios; bom tinto a preço de saldo. 16
Quinta do Tedo Grande Reserva Savedra (T) 2007: Mais uma grande surpresa da Quinta do Tedo (sita entre o Tedo e o Douro); fruta madura no nariz; boca elegante e saborosa; alguma madeira ainda tapa um pouco o conjunto; final médio/longo; preço muito competitivo. 17
Soares Duarte TTT (T) 2006: Perfil rústico e quente; nariz muito curioso, sedutor pela marca da complexidade e dos aromas difíceis de descrever; boca potente; um tinto interessantíssimo. 17
Conceito (T) 2007: Sisudo, impõe-se, no início, pelo carácter algo rude; fruta fresca escondida mas muito bem desenhada; profundamente gastronómico e com anos pela frente. 17+
Quinta Nova N.ª Sr.ª Carmo Touriga Nacional (T) 2007: Opaco no copo, perfil aromático intenso mas não aborrecido; boca fantástica, complexa e de grande final; belo monocasta; irá melhorar em garrafa nos próximos 2 anos. 17+
Quinta Nova N.ª Sr.ª Carmo Grande Reserva (T) 2007:
Fechado, procura compatibilizar o perfil duriense da marca com uma matriz mais internacional, e sobe um patamar na qualidade face ao resto da gama; fruta muito madura; madeira nova a integrar; grande entrada de boca e uma textura acetinada fora do vulgar; vai melhorar; muita qualidade mas um pouco caro. 17,5+
Quinta do Infantado Reserva (T) 2007: Perfil clássico com nariz de fruta madura (mas sem excessos), mato rasteiro e ligeiro floral; boca de entrada elegante; complexo e sedutor ao mesmo tempo e tudo sem exageros; madeira já a caminho da integração; vai melhorar nos próximos anos; preço alto mas justo. 17,5+
Quinta do Vallado Reserva (T) 2007: O lote poderá não ser o definitivo, daí o intervalo na classificação; sente-se muito a Touriga Nacional no nariz (maior percentagem?) e o vinho está muito acessível, encantador na relação fruta- flores-especiarias; boca quase pastosa e taninos disfarçados; um dos melhores e mais consensuais Vallado Reserva de sempre. 17 - 17,5

1 comentário:

Joel Carvalho disse...

Fico contente com a prova dos Vallados, visto tê-los na garrafeira.

Abraços :)