sexta-feira, novembro 14, 2008


Quinta do Frei Estevão Reserva (T) 2005

Cor retinta, tonalidade cereja escura mas não opaco. Boa intensidade aromática, com as primeiras sensações a álcool, vegetal seco e ligeiro licor de amêndoa amarga, anis e noz-moscada. Indicia portanto uso de madeira e fruta próxima da sobrematuração. Desenvolve ainda um registo mais animal, lã molhada, sempre com um fundo de fruta muito madura e ligeiro floral.

Na boca voltam a surgir as notas licorosas, não apenas a amêndoa mas também em referências a compota de ameixa. Perfil arredondado, apenas com um ou outro tanino mais duro. Uma hora depois, decantado, mostra ter boa matéria-prima, carácter lácteo, chocolate amargo no final de boca. Admitimos, contudo, ser preciso mais trabalho na adega para subir de patamar.

Em suma, é um bom vinho, e logo com duas facetas. No início revela ser um duriense de gema daqueles com perfil gastronómico; depois, abre numa versão bem mais acessível e sedutora. Melhorou tanto com a oxidação que acabamos mesmo por subir meio ponto à classificação que inicialmente tínhamos pensado para ele. O preço andará por volta dos €10 sobretudo nas garrafeiras do Porto.


15,5-16


Próximos vinhos: Rocim (T) 2005; Olho de Mocho Reserva (B) 2007; Herdade do Perdigão Reserva (B) 2006; Herdade do Perdigão Reserva (T) 2004; Casa Burmester Reserva (T) 2006; Curva Reserva (T) 2006

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