quarta-feira, junho 20, 2007

O mistério do Porto maravilha...
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No final de um jantar muito animado, e no qual muito se deu a provar e a beber, vieram uns copos de Porto para a mesa. Nada se sabia sobre aquele néctar escuro: i) se era novo ou menos novo (pela cor, velho não era certamente); ii) se Ruby, LBV ou Vintage (pela cor, tawny não era certamente); enfim iii) se era caro ou barato (neste aspecto, a cor geralmente não ajuda).
Levou-se ao nariz e logo a dúvida intensificou-se... que mistério: parecia um Vintage tão fechado que estava. Nariz fresco, ele próprio misterioso, sem dúvida havia "fruta" escondida.
Na boca era largo e generoso, doce com notas exuberantes a chocolate, e a dúvida tornou-se uma "quase-certeza": i) ou se tratava de um Vintage daqueles para "se beberem novos" de ano não vintage, com qualidade mas sem pulmão, ii) ou então um grande (mas grande mesmo) LBV de um ano neo-clássico (i.é, demasiado quente). No primeiro caso (e continuávamos às cegas) seria certamente de um ano recente - 2004 ou 2005 -, no segundo caso seria de uma colheita entre o ano 2000 até 2003.
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E não é que era mesmo um LBV, um dos melhores que já provei!
Era o Quinta Nova da Nossa Senhora do Carmo LBV 2003!

PS: O nome do vinho é quase tão longo quanto o seu final de boca.
PS2: Por outros LBV de 2003 já provados, parece que depois de ano vintage, temos um grande ano LBV.

2 comentários:

João de Carvalho disse...

Deixa-me adivinhar, foi uma noite de nevoeiro ?

NOG disse...

João, vejo que continuas com o teu sentido de humor bem apurado...
Foi, efectivamente, uma bela surpresa!
N.