VISITA
Quinta da Fata (Dão)
Em tom de reportagem vinícola, e para os lados de Nelas, mais concretamente entre Nelas e Santar, bem junto à aldeia de Vilar Seco, encontrámos no mês passado a bonita Quinta da Fata de Eurico Pontes. Vejamos melhor:
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Recente produtor do Dão, cada vez mais conhecido e com presença em alguma restauração da capital - eg., restaurante "Apuradinho" (Campolide) -, tem aproveitado o recente boom da região para uma maior projecção e visibilidade. Feita a visita à quinta, que também dispõe de turismo rural, constatamos que se trata de um projecto que Eurico Pontes conduz com pés e cabeça: área vindimada com dimensão adequada, sem excessos (talvez com pouco mais de 10 hectáres); vinhas praticamente contíguas às da famosa Casa de Santar e plantadas de acordo com a orientação do Centro de Estudos Vitivinícolas (Nelas); adega simples e rudimentar mas muito prática. Tudo isto nuns vinhos que se querem de perfil clássicos, saborosos mas duros. Vinhos… quase todos tintos entenda-se, pois apesar de existir uma parcela de casta Encruzado, pouco se engarrafa de branco por enquanto.
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Os vinhos a merecer destaque são pois o Quinta da Fata Reserva e o Quinta da Fata Touriga Nacional, apesar de existir um colheita e um branco. Ambos, melhores na colheita de 2005 – o ano foi muito bom no Dão – mas mantém boa qualidade na colheita de 2006, encontrando-se até mais acessíveis e podendo, por isso ser, bebidos de imediato. Como referências típicas, os tintos da Quinta da Fata revelam fruta generosa no nariz praticamente sem percepção da madeira onde estagiou, taninos sérios mas saborosos na boca. Em suma, são vinhos gastronómicos que não viram a cara à luta a um cozido sem couves. O monovarietal Touriga Nacional tem estado uns pontos acima do irmão Reserva, com a casta raínha a mostrar-se num perfil nada pesado, antes levemente floral, e com um final pronunciado.
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Valem a pena ser conhecidos estes tintos e vale a pena ser conhecida a Quinta da Fata.
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2 comentários:
Adoro os tintos Quinta da Fata :)
Abraço
São efectivamente bons e não são caros.
Ab.
NOG
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