sexta-feira, julho 11, 2008


Novidades - brancos:
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Serros da Mina (B) 2006
Encosta Longa Reserva (B) 2007

Na verdade não são ambos de 2007 mas, para nós, no fim de contas (ou seja, no fim de prova) o duriense revelou-se "uns furos acima" do alentejano.
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O primeiro - o Serros da Mina - é produzido pela Herdade das Barras na tórrida Vidigueira. No copo, a casta viognier surge muito madura e o antão vaz não ajuda ao lote que se torna, assim, algo pesado o que se pode explicar pelo ano quente (mas talvez funcione com alguns queijos de pasta mole). Já o corpo é gordo e revela muita untuosidade (as castas ajudam nesse ponto), mas a fruta tropical anda longe de ser fresca ou sequer original. Em suma, é um vinho bem feito mas exige combinação gastronómica certeira e deverá ser consumido preferencialmente no Inverno.
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Ao invés, o branco duriense da sub-região Cima Corgo, está muito elegante com a madeira bem integrada a pedir, no entanto, mais dois ou três meses de garrafa. A fruta é citrina, e o vinho manifesta um fundo mineral muito atraente (ver aqui a descrição completa do Pingas). Final de boca limpo, directo e saboroso; é um vinho que não cansa apesar da acidez não ser o seu maior atributo. Concluindo, trata-se de mais um belo vinho, muito versátil (para o Verão e Inverno) deste produtor localizado em S. João da Pesqueira.
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Sendo claramente estilos muito diferentes, mas com preços que rondam os €10 a €15, o troféu coube ao Encosta Longa, e não há dúvida que os brancos do Douro estão cada vez um caso mais sério. O facto do Serros da Mina ser de 2006 poderá ter prejudicado mas apenas no nível de frescura.


3 comentários:

Susana disse...

Incrivel!!!! como é que pode fazer um comentário ao Serros da Mina Branco 2007 se ele ainda não está a ser comercializado. De certeza que provou o 2006 ;)

NOG disse...

Cara Susana,

Obrigado pelo seu comentário. Tem toda a razão, o Serros da Mina provado é da colheita de 2006.

NOG

Unknown disse...

sim, mas de qualquer maneira o encosta longa é de longe mais interessante, sendo de facto um vinho diferente