terça-feira, julho 08, 2008

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Quinta de Roriz

"Quem ri por último, si melhor", assim deve ter pensado João Van Zeller - feliz comproprietário e actual responsável máximo pela Quinta de Roriz - ao conceber a recepção neste que seria a nossa última visita. Após vários dias numa viagem fantástica no Douro, o melhor estava, de facto, para vir.

Uns foram de barco, outros (como nós) preferiram quase trinta minutos de puro todo-o-terreno. À chegada, tiros de morteiro! De seguida, prova vertical! Pouco depois, patuscada ao som de acordeões! Por fim, almoço em plenos lagares! Mas isto é pouco perante a beleza do cenário de uma propriedade com quase dois quilómetros de margem de rio e um micro clima cheio de sol em parte devido a uma encosta em anfiteatro que a rodeia. Sem dúvida, a par de uma outra no Douro Superior (adivinham?), uma das mais belas quintas que conhecemos.

A título de novidade, ficámos a conhecer um pouco mais as razões que levaram à recente mudança na enologia que passou este ano da Syminthon para a dupla Cristiano Van Zeller e Sandra Tavares da Silva, sendo certo que só provaremos os resultados desta nova união lá mais para frente, talvez para o ano. Quanto à distribuição, esta está um pouco complicada mas deve também melhorar em breve e o consumidor agradece.

Quanto à prova propriamente dita, num belíssimo armazém recuperado, foi muito conseguida com o Quinta de Roriz Reserva (T) 2004 a revelar-se talvez o melhor tinto desta casa, pleno de elegância - e a um belo preço diga-se, para o que foi considerado o segundo melhor vinho ibérico do Douro - e um surpreendente Quinta de Roriz vintage (P) 2002 com garra, ligeiro vegetal, e um final picante.

Pois bem, se o Reserva 2004 é um tinto a não perder, Roriz é uma quinta a não esquecer. O melhor fecho possível numa viagem que provou ser, no dia-a-dia, ainda mais fantástica do que no papel quando em projecto. Para o ano haverá mais!
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Nas fotos, a vertical realizada e o lindíssimo cenário que envolve a Quinta de Roriz.
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2 comentários:

Anónimo disse...

Magnífico, de facto.

NOG disse...

Aposto, pelos relatos, que a sua viagem ao Alto Alentejo também foi magnífica.

Ab.

Nuno