Os quatro anos passados desde a colheita notam-se na cor - ligeiramente mais clara e acastanhada -, e o ano de 2002 também não ajudou a concentração. Mas fica por aqui o "mal-dizer". Belo aroma, notas selvagens a vagem-manteiga (aquelas compridas) molhada e a fruta preta muito bem integrada com a madeira (os quatro anos notam-se aqui também). Na boca inunda-nos uma sensação a fumo muito interessante, bem como gotas de especiarias várias - com destaque, no meu palato, para a pimenta branca e noz-moscada - e referências tostadas óbvias. Um tinto de Castelo Rodrigo (Beira Interior) cheio e denso. Mais um produzido pelas Caves Aliança que, todavia, se distingue dos restantes vinhos de quinta deste produtor pelo seu carácter manifestamente rústico. A mesma enologia, porventura. Diferente tipo de vinho, certamente. Eu gostei!
Bom + (16,5). A menos de € 9.
5 comentários:
O 2004 também ficou muito bem classificado (em primeiro lugar, penso eu) no painel de vinhos das Beiras na RV da edição de Setembro de 2006.
Depois de escrever este post fui ainda informado que este vinho foi "prémio melhor compra 2005" da Revista dos Vinhos (RV).
NOG
Por acaso,acabei de abrir uma de 2004 agora mesmo, para o jantar (cinco euros e tal + iva na makro)
Nuno uma boa malha. Gosto muito. Nota-se a "escola" das Caves Aliança.
Precisamos destes vinhos.
Um abraço
Rui
Escola e que escola...
Pois é, mas não sei que concordam comigo que o estilo é um pouco diferente... mais rústico, mais agreste...
N.
Enviar um comentário