Não tão vetusto quanto os vinhos anteriores (ver infra), mas, em todo o caso, um vinho tinto com quase 15 anos de vida em garrafa. Denota cor ruby, profunda e muito escura. Não se dá mais do que 5 anos de evolução pela tonalidade, o que demonstra bem como é preciso ter cuidado com as referências (por vezes enganadoras) das cores/tonalidades.
Nariz subtil, está numa fase elegante e bem disposta, por oposição à pujança e rudeza que revelavam estes Confradeiros quando novos (será que outros Douros mais recentes ficarão assim com o passar dos anos?). Madeira muito bem integrada - ainda se sente mas apenas a ligar o conjunto. Boca com fruta encarnada ligeira; a fruta está lá mas não de forma bruta, sendo preciso escutá-la! Muito gastronómico, nada quente, com boa acidez também.
Foi durante bons anos um valor seguro do Douro, da casa "Sandeman" (hoje universo Sogrape), um vinho bem tratado, com boa madeira para estágio e bom acompanhamento enológico. O resultado está à vista: um vinho seguro de si, nem um pouco cansado passados 15 anos. Está numa óptima fase de consumo, aliás, mas poderá evoluir ainda favoravelmente por mais 5 anos. Depois, em princípio, é bebê-las.
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