Mais um novo projecto no Douro. Mas, atenção, não apenas mais um... Apresenta-se já com um tinto e um branco, ambos reservas, e ambos muito bons, diga-se. E ambos a óptimo preço abaixo dos €13, o que sempre são boas notícias.
O tinto, da colheita de 2009, é moderno na fruta e no floral emancipado, tem estilo "vaporoso" mas não exibicionista. Revela um toque metálico na prova de boca que alguns poderão não gostar, mas a nós não nos faz confusão. Tem, apesar do carácter internacional, alguma rusticidade que nos agrada - podia ter mais corpo é certo, maior expressão aromática e, sobretudo, mais concentração, mas não deixa de ser mais um belo tinto duriense (16,5).
O branco, também da colheita de 2009, é ainda melhor que o tinto. É subtil na expressão aromática, de enorme leveza, e com forte carácter mineral. Proporciona uma prova de boca plena, sem excessos frutados (bem pelo contrário), sem taninos da madeira onde estagiou, sem untuosidade gordurosa. É um vinho sensível, que deve ser objecto de análise atenta. Saboroso na mineralidade, fresco na acidez. Muito bem (17+).
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