Apegadas Quinta Velha
Reserva (T) 2006
Do projecto Quinta das Apegadas já nos referimos anteriormente a propósito do tinto reserva de 2004 (aqui) e dos colheita tinto e rosé de 2005 (aqui). Importa, em abono da verdade, começar por dizer que sempre apreciámos o estilo, elegante e com aprumo, dos vinhos desta casa. Mais, após visita à quinta, fomos mesmo seduzidos pela adega moderna e curvilínea sob o Douro, e pela sua localização na margem esquerda logo antes da Régua (mesmo no limite do Cima Corgo) que constitui, como é sabido, um terroir clássico de eleição. Todavia, ainda em abono da verdade, e apesar de todas estas boas indicações (não esquecer ainda que a enologia é de Rui Cunha), faltava, a nosso ver, um vinho verdadeiramente surpreendente por parte deste produtor. Faltava, digamos assim, um vinho de afirmação. Pois bem, quem diria que seria a colheita de 2006 (logo esta que não tem sido feliz para a maior parte dos produtores) a proporcionar, enfim, um grande vinho a António Marques Amorim! Se o tinto colheita mostra fruta franca, em quantidade e qualidade apreciável, pecando contudo por uma boca com pouco estrutura e muito arredondamento, já o reserva é um tinto de muito bom perfil, a seguir de perto nas próximas colheitas. Vejamos:
Cor pouco concentrada, rubi vivo com transparências. No nariz surge o maior destaque com um fruto bonito de grande qualidade e de perfeita definição - é uma autêntica miscelânea de fruta vermelha, ora madura ora mais fresca, vibrante e muito sensual, sem nenhum excesso da madeira por onde estagiou (apenas com ligeiro verniz). Em suma, é difícil de tirar o nariz do vinho que não cansa, mas encanta. A boca é menos entusiasmante, com intensidade mediana, algo morna mas em todo o caso muito saborosa. É pois um tinto que aposta na elegância, na não saturação dos sentidos, e que se bebe com muito prazer (uma garrafa pode desaparecer num instante...).
Cor pouco concentrada, rubi vivo com transparências. No nariz surge o maior destaque com um fruto bonito de grande qualidade e de perfeita definição - é uma autêntica miscelânea de fruta vermelha, ora madura ora mais fresca, vibrante e muito sensual, sem nenhum excesso da madeira por onde estagiou (apenas com ligeiro verniz). Em suma, é difícil de tirar o nariz do vinho que não cansa, mas encanta. A boca é menos entusiasmante, com intensidade mediana, algo morna mas em todo o caso muito saborosa. É pois um tinto que aposta na elegância, na não saturação dos sentidos, e que se bebe com muito prazer (uma garrafa pode desaparecer num instante...).
*
Um belo tinto, mais em elegância do que em força e com um aroma que é um plus magnífico, uma verdadeira cereja em cima do bolo! O preço anda por menos de 25€, mas não é fácil de o encontrar. Procurem-no no ECI (Lisboa).
17
17
*
Próximos vinhos: Viniaticu (T) 2006; Sarmentu (T) 2006; Vinha da Costa (T) 2005; Poeira (T) 2006; VT (T) 2005; Vértice rosé (Esp) 2007; Quinta de Porrais (B) 2007.
1 comentário:
Depois do que foi dito sobre os blogs, fica-te bem deixares o link da Revista de Vinhos, um site com menos Rank do Google que o teu, onde quem perde só és tu...
Enviar um comentário