Falou-se muito naquele jantar, e em grande parte sobre (o) trabalho. Já não nos basta trabalhar... Talvez o devaneio tenha sido provocado pelo vinho, quente e acolhedor, um Touriga Nacional da casa Ermelinda Freitas, colhido em 2003.
A cor era de cereja escura, sem sinais de opacidade. O aroma mostrou-se pujante, jovem e destemido, com muita fruta (que "terroir" este das Terras do Sado!) a dominar um conjunto sedutor. Na boca entra macio, mas não demora muito a vir, de novo, o nervo. Fruta madura, com "patine", doce, notas florais encobertas com uma certa força bruta, madeira integrada. Nem no final – persistente por sinal – nos desapontou.
Belo vinho, concentrado e robusto, directo, sem tiques diletantes. A menos de €10, se este vinho não for um sucesso de vendas, é como os Xutos cantam, o mundo está ao contrário!
A cor era de cereja escura, sem sinais de opacidade. O aroma mostrou-se pujante, jovem e destemido, com muita fruta (que "terroir" este das Terras do Sado!) a dominar um conjunto sedutor. Na boca entra macio, mas não demora muito a vir, de novo, o nervo. Fruta madura, com "patine", doce, notas florais encobertas com uma certa força bruta, madeira integrada. Nem no final – persistente por sinal – nos desapontou.
Belo vinho, concentrado e robusto, directo, sem tiques diletantes. A menos de €10, se este vinho não for um sucesso de vendas, é como os Xutos cantam, o mundo está ao contrário!
Bom + (16,5).
10 comentários:
sim senhor, grande vinho.
Bebi-o esta semana num jantar com um amigo.
Curiosamente tivemos sensações diferentes ao prová-lo mas acabei por me levar pela sua sapiência, toque refinado e fino palato.
Também curiosamente - ou não - a forma como ele me descreveu o vinho coincidia com a do autor do post deste grande blog de vinhos.
Nuno, compraste TN da Ermnelinda na Adega, certo?
Concordo com a tua análise. Mas acho que os vinhos da Dona Ermelinda andam um pouco abrutalhados. O Quinta da Mimosa até arrepia. Que dizes tu?
Um abração
Penso o mesmo, meu amigo, sobretudo o Quinta da Mimosa (que, curiosamente,vende muito bem). Por vezes são mesmo agrestes, mas a fruta madura típica da região ajuda a superar.
Já este TN - comprado na adega, naquela rua estreita - não me parece excessivo. É robusto, concentrado, e até um pouco bruto, mas bebe-se muito bem.
Abraços,
N.
Caro anónimo,
O encanto do vinho é esse mesmo! Tomado a dois, as opiniões são, quase sempre, diferentes. Mas não se deixe levar pelo "fino palato" de alguns. Andamos todos a provar, e todos (pelo menos aqueles que, habitualmente, bebem e provam vinhos) temos opiniões válidas.
Um forte abraço,
N.
PS - Este Ermelinda Freitas não é caro, mas é difícil de encontrar na maior parte das garrafeiras. Deve ter sido um belo jantar...
Olha no Carrefour na Semana do Vinho encontras o dito a 7,90€ eu já me abasteci :)
Já cá canta uma botelha.
Onde? No Carrefour?
Sim, Carrefour.
opinião de um aspirante a amador!
Estranho vinho este, mas faz-me lembrar o Ermelinda Freitas normal, o Castelão.
Cheira bem, parece que estamos na presença de um grande vinho....
Apesar de se beber....
Tem muita madeira,,, chega a amargar...
Como se tivessemos um ferrari e alguem lhe tivesse medido umas rodas de carro de bois... :)
Dá pena... pq parece que podia ser um óptimo vinho.... madeira a mais...
opinião de um aspirante a amador!
Estranho vinho este, mas faz-me lembrar o Ermelinda Freitas normal, o Castelão.
Cheira bem, parece que estamos na presença de um grande vinho....
Apesar de se beber....
Tem muita madeira,,, chega a amargar...
Como se tivessemos um ferrari e alguem lhe tivesse medido umas rodas de carro de bois... :)
Dá pena... pq parece que podia ser um óptimo vinho.... madeira a mais...
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