Conheci pessoalmente o David Lopes Ramos apenas em 2009 apesar de há muito seguir as suas crónicas gastronómicas. Primeiramente pareceu-me sereno, tímido até, e ligeiramente distante. Numa segunda volta, logo percebi que a serenidade era a sua matriz, e que a referida distância era apenas uma ilusão - na verdade, revelou-se sempre muito amável e incrivelmente cordial para mim, um seu admirador.
Lembro-me de uns rissóis de camarão que provámos no Panascal num dia de sol de Inverno. Adorei-os e disse-lhe que os achava fantásticos; respondeu-me que eram realmente bons, que tinham sido preparados pela cozinheira da quinta (que ele conhecia), e que o segredo talvez fosse o caldo (o David era louco por caldos...). Por mais do que uma ocasião voltámos a falar sobre esse dia de Inverno magnífico no Douro e, claro, sobre esses rissóis de camarão - a última circunstância em que nos lembrámos disso foi nos prémios da Revista de Vinhos faz 2 meses, quando calhámos, mais uma vez, na mesma mesa. Infelizmente, foi a última vez.
Que grande tristeza a sua morte.
Os mais sinceros pêsames à família, sobretudo a sua mulher que também conheci, e à filha.
Os mais sinceros pêsames à família, sobretudo a sua mulher que também conheci, e à filha.
NOG
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