Se ainda não está no mercado estará para muito breve, tanto mais que é um daqueles brancos que rapidamente se esgota nas garrafeiras todos os anos. Esta versão de 2009 (para a nossa apreciação sobre as anteriores, ver aqui e ali) mantém a exuberância aromática que lhe conhecemos e que marca a prova de nariz, com a Riesling e Gewürztraminer a dominar por completo. Falta-lhe, por ora, alguma componente mineral e vidrada que lhe descortinámos em anteriores colheitas, mas que poderá vir ainda a receber do estágio da garrafa.
Na prova boca, está ligeiramente mais pesado que a magnífica edição de '08, pelo que deve ser servido bem fresco, sobretudo se bebido nestes dias quentes. A intensidade da prova de boca mantém-se e é de assinalar - fruta branca e flores - mas, a nosso ver, o melhor é mesmo deixá-lo por alguns meses de lado para ver se o conjunto se torna um pouco mais elegante.
De resto, não se pense que não está à altura da fama que conquistou. Na verdade, não lhe falta exuberância, vigor, intensidade na prova e mesmo um final de boca com assinalável comprimento. E até melhorou a imagem, com novos rótulo e cápsula mais actuais, mantendo o bom gosto que caracteriza a marca transmontana.
16-16,5
5 comentários:
Caro amigo, abri uma destas no Domingo passádo, por acaso aí para essas bandas, nomeadamente em Colares, só que de 2005. E estava em plena forma. Uma oportunidade exelente na Garrafeira Nacional a mais ou menos 3€. Conjugação perfeita com a paisagem e frescura de colares.
Abraço
Caro Pedro,
E que bom tempo esteve neste Domingo...
Como sabemos, o VP branco costuma evoluir bem, lembrando, por vezes, alguns Riesling. Aliás, não é o único, existem (mas são mais caros, eu sei) já alguns brancos que evoluiem muito bem. Um bom exemplo (e não caro) é o Bajeiras GE.
Um forte ab. e que contente fico por voltar a encontrá-lo neste blog,
NOG
Também eu achei mais equilibrado o de 2008. O 2009 está ainda mais marcado aromáticamente pela Riesling e Gewurtztraminer, mas pelo que tenho reparado, a exuberância da fruta tem marcado quase todos os brancos nacionais que conheço, se comparados com a colheita anterior. Mas também julgo que vai melhorar...
Desconhecia os Bageiras brancos e fiquei fã do garrafeira br. 2001 e 2004 (tanto um como outro em grande forma).
O vertice br. 07 também vale a pena experimentar...
Cumprimentos
Caro António,
Obrigado pelo seu comentário. Também concordo que o VP 09 poderá melhorar em garrafa.
E concordo também consigo quanto à exuberância da fruta em muitos brancos nacionais. É, aliás, um caminho que os nossos produtores têm de percorrer: deixar a fruta e as leveduras-rebuçado, e apostar em contenção, subtileza, frescura e mineralidade. Mas vai demorar alguns anos até a actual tendência "tropical" diminuir, e alguns produtores terão de acabar com a ideia de produzir brancos...
Os Bajeira Garrf. são muito interessantes, aprecio o seu carácter oxidativo, sobretudo com evolução em garrafa. Prove, se poder, o 2002 que o produtor está a lançar em magnum...
Cump.
NOG
Comprei uma mag. de Garrafeira br. 02 a quando da visita às Bageiras, e está à espera de oportunidade para "embarcar"... Já me arrependi de não ter adquirido 2. 1 para beber já e outra para me esquecer dela. O conteúde de uma magnum de Maria Gomes 94 do mesmo produtor, estava um vinho muito interessante... Fiquei fã dos Bageiras.
Cumprimentos
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