quarta-feira, setembro 23, 2009

Provas

Valle Pradinhos (B) 2008

A invulgar composição de castas, a frescura e limpidez de palato, e a manutenção, ano após ano, de uma qualidade significativa e preço estável, são tudo características do vinho sobre o qual vamos escrever (ver aqui e ali para colheitas anteriores).

O facto do "estilo" deste vinho branco transmontano se manter constante independentemente da colheita é, sem dúvida, um atributo, sobretudo num país habituado a variações na qualidade das marcas (talvez seja o lado germânico de Rui Cunha, enólogo responsável por este vinho).


Contudo, a nosso ver, esta versão de 2008 está ligeiramente diferente: está mais vidrada, mais mineral, mais contida, mais séria enfim. É certo que, à semelhança de anos anteriores, mantém a expressividade floral da Gewürztraminer na prova do nariz (secundada pela Riesling e Malvasia Fina), mas mesmo esse carácter floral encontramos mitigado em relação a anos anteriores beneficiando de maior presença de notas minerais. É certo que, à semelhança de anos anteriores, existe um prolongamento final na boca ligeiramente adocicado, mas neste ano está mais austero e saboroso.

Nós, ao invés de outros certamente, preferimos esta versão do Valle Pradinhos branco, achamo-la mais versátil e com mais garra. Aos consumidores, todavia, caberá a palavra final. Em suma, de nós para nós, o Valle Pradinho branco está igual a sempre, mas um pouco mais ao nosso gosto...

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Próximos vinhos: Athayde Grande Escolha (T) 2007; Vallado Moscatel Galego (B) 2008; Quinta do Tedo vintage (P) 2007; Quinta das Marias TN (T) 2006; Altas Quintas Reserva (T) 2005

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