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Prova e almoço com vinhos de Colares
Foi há dois dias que o Palácio de Seteais (segundo uma das lendas, são sete os ecos que se escutam ao gritar "ais" num dos românticos varandins do palácio) se vestiu de acrescida gala para o denominado "I Almoço de Colares", iniciativa conjunta de alguns dos mais emblemáticos produtores de vinho da região e dos Hoteis Tivoli, com coordenação do enólogo e crítico Aníbal Coutinho (iniciativa, vinhos e wine-paring) e do chef Luís Baena (refeição e wine-paring).
Prova e almoço com vinhos de Colares
Foi há dois dias que o Palácio de Seteais (segundo uma das lendas, são sete os ecos que se escutam ao gritar "ais" num dos românticos varandins do palácio) se vestiu de acrescida gala para o denominado "I Almoço de Colares", iniciativa conjunta de alguns dos mais emblemáticos produtores de vinho da região e dos Hoteis Tivoli, com coordenação do enólogo e crítico Aníbal Coutinho (iniciativa, vinhos e wine-paring) e do chef Luís Baena (refeição e wine-paring).
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Dos vinhos provados, alguns dos quais raridades e velharias (sempre no bom sentido quando se fala de um vinho, como o de Colares, que tende a envelhecer com nobreza), os mais marcantes para nós foram o Colares Chitas (B) 2006 - ainda jovem e muito cítrico, com anos pela frente, e marcado por uma acidez vibrante (16) -, bebendo agora estará perfeito a acompanhar peixes grelhados ou marisco; depois, o vinho da tarde, o Viúva Gomes Reserva (T) 1969 - com o nariz a revelar bonitas notas voláteis (com realce para verniz) e ainda um pouco de fruta, e uma extraordinária prova de boca (apesar dos seus meros 11º vol.), aveludada mas mantendo frescura até um final arrasador (17,5) -, o qual casou muito bem com a "Garoupa corada com batata grelhada e molho de mostarda de Moeux"; e ainda o Adega Regional (T) 1992, um pouco abaixo de forma comparado com o Viúva Gomes 1969 mas ainda assim bastante complexo e muito agradável com notas de fruta encarnada e ligeiro toque animal sem desagradar (16,5).
Dos vinhos provados, alguns dos quais raridades e velharias (sempre no bom sentido quando se fala de um vinho, como o de Colares, que tende a envelhecer com nobreza), os mais marcantes para nós foram o Colares Chitas (B) 2006 - ainda jovem e muito cítrico, com anos pela frente, e marcado por uma acidez vibrante (16) -, bebendo agora estará perfeito a acompanhar peixes grelhados ou marisco; depois, o vinho da tarde, o Viúva Gomes Reserva (T) 1969 - com o nariz a revelar bonitas notas voláteis (com realce para verniz) e ainda um pouco de fruta, e uma extraordinária prova de boca (apesar dos seus meros 11º vol.), aveludada mas mantendo frescura até um final arrasador (17,5) -, o qual casou muito bem com a "Garoupa corada com batata grelhada e molho de mostarda de Moeux"; e ainda o Adega Regional (T) 1992, um pouco abaixo de forma comparado com o Viúva Gomes 1969 mas ainda assim bastante complexo e muito agradável com notas de fruta encarnada e ligeiro toque animal sem desagradar (16,5).
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No fim, com a sobremesa, uma proposta de "Strudel com recheio de travesseiros de Sintra e gelado de manjericão" foi servido um vinho de Carcavelos (também parte, tal como Colares, da região de Lisboa), no caso o Quinta da Bela Vista (s/d), não datado, mas com mais de 50 anos de acordo com os dados existentes e engarrafado em 1991. Seco, muito seco, de aroma bonito mas com pouca presença na prova de boca, portou-se bem com o gelado mas, a nosso ver, não conseguiu ligar devidamente com a potência doce do strudel com recheio de travesseiros (16).
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Antes do almoço, tempo para a prova cuidada de novos lançamentos de vinhos de Colares. A preferência voltou-se para dois brancos de 2008, o Adega Regional Arenae Malvazia (B) 2008, subtil e elegante, mantendo uma acidez vincada do início ao fim da prova (16-16,5) e o Fundação Oriente (B) 2008, moderno no estilo, com uma curiosa simbiose entre madeira do estágio e acidez pungente (15,5-16). Os tintos? Como comprovaram os velhinhos provados ao almoço, esses precisam de tempo...
Antes do almoço, tempo para a prova cuidada de novos lançamentos de vinhos de Colares. A preferência voltou-se para dois brancos de 2008, o Adega Regional Arenae Malvazia (B) 2008, subtil e elegante, mantendo uma acidez vincada do início ao fim da prova (16-16,5) e o Fundação Oriente (B) 2008, moderno no estilo, com uma curiosa simbiose entre madeira do estágio e acidez pungente (15,5-16). Os tintos? Como comprovaram os velhinhos provados ao almoço, esses precisam de tempo...
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Uma iniciativa que correu muito bem, organizada com profissionalismo, e que merece ser repetida para o ano. Parabéns à organização.
3 comentários:
Essa dos sete ecos de ai é bonito, pá! mas longe da verdade... eheheh
Não percebo nada de vinhos mas adoro este blogue.
Ainda me hás-de explicar como vais a estas provas!!!
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