Vinha Othon Reserva (T) 2006
Sendo discreto, o produtor "Vinha Paz" é conhecido pela excelente relação preço-qualidade da maioria dos seus vinhos, e os seus vinhos são conhecidos pela fruta franca, taninos elegantes, complexidade profunda (será dupla adjectivação?) e longevidade garantida. Neste Vinha Othon 2006, o produtor tem, e as palavras não são nossas, a sua "nova estrela maior". E uma nota prévia se impõe de imediato: um topo de gama (ou algo equiparado) a menos de 20€, mesmo a menos de 16€ em algumas garrafeiras? É algo inesperado e é, a nosso ver, um estouro de alegria!
De resto, o vinho é mesmo bom. Cor rubi intensa, começa no nariz um pouco fechado, pelo que se impõe decantação. Com arejamento, surge a fruta: framboesa, cereja e groselhas e um ligeiro toque químico. A boca confirma o equilíbrio do nariz e revela fruta e acidez num ponto óptimo, ou seja sem que uma componente se sobreponha à outra. Pode aparentar ser delgado de corpo mas a concentração é enorme. Os taninos são firmes, secos, mas não agressivos, longe disso até, são saborosos e harmoniosos. Em suma, um vinho de elegância à semelhança de outros do mesmo produtor, mas neste caso de uma elegância suprema, acetinada e aparentemente (só de aparência) delicada.
É um tinto que vem confirmar (como poucos o conseguem fazer) a tese de que as vinhas velhas do Dão, sobretudo das castas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Jaen (que aqui estagiaram 14 meses em barricas de carvalho francês e americano), dão origem a vinhos magníficos, discretos no primeiro contacto, absolutamente sedutores como companhia permanente à mesa. Recomenda-se em absoluto, pelo menos uma caixa tendo em consideração o preço.
17,5
De resto, o vinho é mesmo bom. Cor rubi intensa, começa no nariz um pouco fechado, pelo que se impõe decantação. Com arejamento, surge a fruta: framboesa, cereja e groselhas e um ligeiro toque químico. A boca confirma o equilíbrio do nariz e revela fruta e acidez num ponto óptimo, ou seja sem que uma componente se sobreponha à outra. Pode aparentar ser delgado de corpo mas a concentração é enorme. Os taninos são firmes, secos, mas não agressivos, longe disso até, são saborosos e harmoniosos. Em suma, um vinho de elegância à semelhança de outros do mesmo produtor, mas neste caso de uma elegância suprema, acetinada e aparentemente (só de aparência) delicada.
É um tinto que vem confirmar (como poucos o conseguem fazer) a tese de que as vinhas velhas do Dão, sobretudo das castas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Jaen (que aqui estagiaram 14 meses em barricas de carvalho francês e americano), dão origem a vinhos magníficos, discretos no primeiro contacto, absolutamente sedutores como companhia permanente à mesa. Recomenda-se em absoluto, pelo menos uma caixa tendo em consideração o preço.
17,5
Próximos vinhos: Quinta da Sequeira Grande Reserva (T) 2005; Vinha da Defesa (B) 2008; Esporão Reserva (B) 2008; Alain Graillot Crozes Hermitage (T) 2006; Cabriz Encruzado (B) 2007; Quinta do Boição Escolha (T) 2006
4 comentários:
Grande vinho...Ainda bem que este fim de semana (se udo correr bem) visitaremos a Vinha Paz, a ver se provamos este vinho...
Abraços
Joel e Raul Carvalho
Foi provado no Pingas no Copo algum tempo. Foi um dos textos mais confusos que escrevi, sinais da inabilidade pessoal para vinhos elegantes.
Um abração
Um belo vinho, sem dúvida.
Meus caros,
Como se nota pelo texto gostei muito deste tinto. Repito-me ao dizer que é pura elegância mas é isso que se me sugere.
Rui: a dificulde em descrever este vinho não foi apenas tua...
Abs.
NOG
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