NOVIDADE:
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Vila Monte Oaked Rosé 2007
(by Barranco Longo)
Por esta é que ninguém esperava! Não é uma novidade mundial, mas a nível nacional julgamos ser o primeiro caso de um rosé 100% com estágio em madeira. E logo oriundo de Algoz, (onde fica?) em pleno Algarve, outra peculiaridade num Portugal vinícola que há muito esqueceu a região mais solarenga do país… O que já não é novidade é que o projecto Barranco Longo, fruto da persistência de Rui Virgínia em "lutar contra a maré", apresenta tintos e brancos de perfil internacional, e tem no seu portefólio um rosé (que não este de que vamos falar de seguida) que tem sido um best-seller nos últimos verões.
Numa apresentação recatada, em plena noite de São Martinho e com um menu muito apropriado, provou-se então a novidade, resultado de uma colaboração entre o Vila Monte Resort e a Quinta do Barranco Longo. Desde logo, muito curioso o facto da passagem por madeira fazer com que este rosé revele uma vertente multifacetada, que tanto acompanhou com vigor as castanhas a solo no início como, já na sobremesa, mediu forças com bravura com um pudim das mesmas. O facto de ser lançado agora, em pleno Outono, denota a preocupação de colocar este produto num segmento não coincidente com a imagem de rosés frescos próprios e típicos da estação estival.
Na prova, mostrou ao olhar uma cor salmão carregada sem laivos acastanhados. O nariz apresentou-se com as típicas notas a morangos silvestres provenientes da casta Aragonês, mas apenas em segundo plano (já agora, a par do Aragonês, entra no lote Touriga Nacional). De facto, em evidência estão antes sensações a folha queimada e caruma, enfim sensações que aumentam a complexidade aromática do vinho. Tudo ainda com muita especiaria, mas sem excessos. Na boca, mostrou uma opulência única considerando que se trata de um rosé. Tudo arredondado e de cariz glicérico; enfim um rosé diferente: gordo mas não enjoativo. Só o final de boca que podia ser mais seco, mas isso seria pedir "o céu e a terra" tudo junto.
O álcool não ajuda ao consumidor, com os 14.º (vol.) que o produtor entende serem inevitáveis dada a singularidade do vinho (somos tentados a concordar, mas menos um grau era melhor, mesmo com o risco de perder algum toque glicérico). Por isso, não se esqueça de o servir um pouco menos fresco do que os rosés típicos de Verão, e não tenha receio de o acompanhar com pratos relativamente elaborados. Por fim, desconhecemos o preço mas recomendamos muito a compra e não só pela novidade. É que gostámos muito dele!
Por esta é que ninguém esperava! Não é uma novidade mundial, mas a nível nacional julgamos ser o primeiro caso de um rosé 100% com estágio em madeira. E logo oriundo de Algoz, (onde fica?) em pleno Algarve, outra peculiaridade num Portugal vinícola que há muito esqueceu a região mais solarenga do país… O que já não é novidade é que o projecto Barranco Longo, fruto da persistência de Rui Virgínia em "lutar contra a maré", apresenta tintos e brancos de perfil internacional, e tem no seu portefólio um rosé (que não este de que vamos falar de seguida) que tem sido um best-seller nos últimos verões.
Numa apresentação recatada, em plena noite de São Martinho e com um menu muito apropriado, provou-se então a novidade, resultado de uma colaboração entre o Vila Monte Resort e a Quinta do Barranco Longo. Desde logo, muito curioso o facto da passagem por madeira fazer com que este rosé revele uma vertente multifacetada, que tanto acompanhou com vigor as castanhas a solo no início como, já na sobremesa, mediu forças com bravura com um pudim das mesmas. O facto de ser lançado agora, em pleno Outono, denota a preocupação de colocar este produto num segmento não coincidente com a imagem de rosés frescos próprios e típicos da estação estival.
Na prova, mostrou ao olhar uma cor salmão carregada sem laivos acastanhados. O nariz apresentou-se com as típicas notas a morangos silvestres provenientes da casta Aragonês, mas apenas em segundo plano (já agora, a par do Aragonês, entra no lote Touriga Nacional). De facto, em evidência estão antes sensações a folha queimada e caruma, enfim sensações que aumentam a complexidade aromática do vinho. Tudo ainda com muita especiaria, mas sem excessos. Na boca, mostrou uma opulência única considerando que se trata de um rosé. Tudo arredondado e de cariz glicérico; enfim um rosé diferente: gordo mas não enjoativo. Só o final de boca que podia ser mais seco, mas isso seria pedir "o céu e a terra" tudo junto.
O álcool não ajuda ao consumidor, com os 14.º (vol.) que o produtor entende serem inevitáveis dada a singularidade do vinho (somos tentados a concordar, mas menos um grau era melhor, mesmo com o risco de perder algum toque glicérico). Por isso, não se esqueça de o servir um pouco menos fresco do que os rosés típicos de Verão, e não tenha receio de o acompanhar com pratos relativamente elaborados. Por fim, desconhecemos o preço mas recomendamos muito a compra e não só pela novidade. É que gostámos muito dele!
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