Lembro-me bem de como a garrafa me chegou às mãos faz já alguns anos. Nessa altura o VdN era uma novidade tanto de José Bento como da Estremadura; aliás um varietal de Syrah também não era coisa que se visse muito nessa altura.
A garrafa, guardada com lembrança, abriu-se ontem por ocasião feliz. Bebeu-se assim um vinho que não escondeu a passagem do tempo tanto para o bom (redondo e repleto de sabores curiosos graças à evolução em garrafa) como para o menos bom (na cor e volume). Mas não se pense que este 1998 (o primeiro VdN se bem em lembro) não é um belo vinho, muito pelo contrário: framboesa madura, bastante tabaco e alguma azeitona e chocolate no fim, tudo em harmonia... até a madeira de carvalho francês onde dormiu 15 meses. Muito elegante em suma. Grande final.
Segundo me dizem os VdN que se seguiram a este de 1998 têm um estilo um pouco diferente (certamente ofuscados pelos "Quinta do Monte d'Oiro") o que, a julgar pelo que ontem se bebeu, é pena. Que eu saiba em 1998 do "Monte d'Oiro" só saiu este VdN o que diz bem da qualidade da uva nele utilizada. O preço ronda os 12€ para o 2001; para o 1998 é bem superior se tiver sorte em o encontrar.
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