Piemonte vs. Toscana
Este será um Verão em que iremos dedicar alguma atenção aos vinhos de Itália. Sem revelar tudo, mas levantando já um pouco a ponta do véu, diremos que mais adiante teremos o relato integral de uma prova inolvidável que tivemos o privilégio de poder fazer, nem mais nem menos do que uma dúzia de Barolos todos da magnífica colheita de 2001! E teremos notícias frescas da Toscana, inclusivamente de Maremma - uma das áreas mais em voga na Itália Central com os seus tintos "Morellino di Scansano". Bom, mas até lá... deixamos as nossas opiniões sobre quatro vinhos, dois de Piemonte e dois da Toscana.
Começando pelos vinhos da Itália Central, diremos que tanto o Tignanello (T) 2001 como o Flaccianello (T) 2006 estiveram belíssimos. O primeiro, um pioneiro dos "Super Tuscan", um vinho famoso pela combinação, inventada por Antinori, de 80% Sangiovese mais Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. O segundo, um 100% Sangiovese da casa tradiconal Fontodi sita em Chianti Clássico. Ambos revelam-se completos na prova de nariz e de boca: o Tignanello, necessariamente mais evoluído, já com terciários garbosos a lembrar néctares bordaleses (17,5-18); o Flaccianello, com notas de fruta encarnada, cinza e especiarias, simultânemente sensual
e elegante (17-17,5).
e elegante (17-17,5).
Do lado de Piemonte, no noroeste de Itália, dois 100% Nebbiolo - talvez a melhor casta italiana -, ambos frescos e gastronómicos. O Barolo, num estilo clássico, revelou-se mais trufado com fruta mais negra na prova de boca (17-17,5); o Barbaresco, de uma casa produtora em grande forma, esteve mais directo, com fruta encarnada e taninos discretos apesar de visivelmente mais jovem (17-17,5). Ambos excelentes, o primeiro, um Massolino (T) 2000, o segundo um Vietti Barbaresco (T) 2005, ambos com muitos anos de evolução segura pela frente.
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