Um dueto alentejano pouco provável - produzido a partir de uvas de Viosinho e de Verdelho -, mas com sucesso garantido (mais um da Herdade do Esporão). Como ditam as regras actuais da enologia, as duas castas fermentaram em inox, e a temperaturas baixas.
Prova de nariz com grande expressão aromática, citrinos e pico a hortelã, com ambas as castas em evidência. Na prova de boca, o vinho está menos presente e é mais linear, como é, de resto, normal nesta gama de preço. Revela, contudo, um feliz pendor vegetal, e ligeiro citrino, certamente mais da responsabilidade das castas utilizadas do que propriamento do terroir alentejano. Refrescante e com final saboroso, apesar de curto.
Em suma, um branco atractivo, claramente a apostar no seu consumo enquanto jovem. Moderno no perfil (apesar dos seus 14,5% vol. algo "puxadotes"), mas - felizmente! - sem as modernices vãs e aborrecidas, como sejam os aromas "neo-tropicais", que hoje tanto andam na moda (culpa das leveduras, dizem...). Tendo em conta o preço, abaixo dos €5,5, está muito bem executado. Pouco alentejano no estilo é verdade, mas muito bem executado!
15,5
Próximas provas: Alento (T) 2008; Labrador Qta Noval (T) 2007; Altas Quintas Mensagem de Trincadeira (T) 2007; Cistus Reserva (B) 2009; Grandes Quintas Reserva (T) 2007
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