Vale d’ Algares
Projecto relativamente recente mas já com significativa projecção mediática, sito na região denominada hoje de Tejo, mais propriamente em Vila Chã de Ourique. Em poucos anos, Vale d’ Algares afirmou-se em diversos campos, quer através de uma gama de vinhos relativamente diversificada, quer como uma referência de design a respeito da sua adega, quer ainda no seio do desporto equestre (actividade paralela à produção de vinhos). Em prova temos o segmento Guarda Rios, todos da colheita de 2007, o colheita tardia também de 2007, e ainda duas novidades o Vale D’Algares Selection (B) 2008 e o Vale D’Algares Selection (T) 2008.
Guarda Rios (R) 2007
Feito a partir de Syrah, Touriga Nacional e Aragonês, mostra um nariz reservado com referência a fruta madura. Todavia, falta, ao conjunto, maior intensidade aromática. Na boca, apresenta-se com corpo, e nota-se que tem um cariz sério sem tiques de maturação excessiva ou de inadequado açúcar residual. No todo, temos aqui um rosé sério e capaz, com alguma vocação gastronómica. 15,5
Guarda Rios (B) 2007
No nariz, e à semelhança do rosé, está pouco exuberante, a fruta aparece mas só timidamente – não parece ser defeito, antes feitio. Boca de entrada agradável, fresca, com acidez franca, mas final curto. Um branco com um perfil menos pesado em relação a alguns concorrentes da região e, por isso, a merecer destaque positivo. Junte-se o preço atractivo – 6,5€ por garrafa – e percebe-se o sucesso de vendas. 15,5
Guarda Rios (T) 2007
Ao contrário dos brancos, este tinto revela grande pujança aromática, com impacto jovem, algum etanol e muito balsâmico da madeira. Algum verniz, pomada "vip vapor up" e acetona. Especiarias também, sobretudo com o passar do tempo no copo. A boca mantém um perfil quente, de fruta muito madura, quase doce, de final composto e saboroso. Pode ainda crescer com mais um ano em garrafa. Um vinho próximo de outros tantos do denominado Novo Mundo, muito sedutor na boca, mas a necessitar de ligeira afinação no nariz. 15,5-16
Vale D’Algares Selection (B) 2008
Como não vai haver em 2008 os topos de gama da casa (branco e tinto "Vale D’Algares"), surge este novo segmento - branco e tinto selection - a 8,5€ a garrafa (ou seja, um pouco mais caro que o Guarda Rios, mas mais barato que o Vale D'Algares). Muito mais aromático que a versão branca Guarda Rios 2007, com fruta tropical e fruta branca cozida, mas com frescura. A boca parece precisar de tempo em garrafa, está tensa, directa, mas com um final de boca mais preciso e focado. Boa acidez, é um vinho bem desenhado que será de agrado generalizado. 16
Vale D’Algares Selection (T) 2008
Projecto relativamente recente mas já com significativa projecção mediática, sito na região denominada hoje de Tejo, mais propriamente em Vila Chã de Ourique. Em poucos anos, Vale d’ Algares afirmou-se em diversos campos, quer através de uma gama de vinhos relativamente diversificada, quer como uma referência de design a respeito da sua adega, quer ainda no seio do desporto equestre (actividade paralela à produção de vinhos). Em prova temos o segmento Guarda Rios, todos da colheita de 2007, o colheita tardia também de 2007, e ainda duas novidades o Vale D’Algares Selection (B) 2008 e o Vale D’Algares Selection (T) 2008.
Guarda Rios (R) 2007
Feito a partir de Syrah, Touriga Nacional e Aragonês, mostra um nariz reservado com referência a fruta madura. Todavia, falta, ao conjunto, maior intensidade aromática. Na boca, apresenta-se com corpo, e nota-se que tem um cariz sério sem tiques de maturação excessiva ou de inadequado açúcar residual. No todo, temos aqui um rosé sério e capaz, com alguma vocação gastronómica. 15,5
Guarda Rios (B) 2007
No nariz, e à semelhança do rosé, está pouco exuberante, a fruta aparece mas só timidamente – não parece ser defeito, antes feitio. Boca de entrada agradável, fresca, com acidez franca, mas final curto. Um branco com um perfil menos pesado em relação a alguns concorrentes da região e, por isso, a merecer destaque positivo. Junte-se o preço atractivo – 6,5€ por garrafa – e percebe-se o sucesso de vendas. 15,5
Guarda Rios (T) 2007
Ao contrário dos brancos, este tinto revela grande pujança aromática, com impacto jovem, algum etanol e muito balsâmico da madeira. Algum verniz, pomada "vip vapor up" e acetona. Especiarias também, sobretudo com o passar do tempo no copo. A boca mantém um perfil quente, de fruta muito madura, quase doce, de final composto e saboroso. Pode ainda crescer com mais um ano em garrafa. Um vinho próximo de outros tantos do denominado Novo Mundo, muito sedutor na boca, mas a necessitar de ligeira afinação no nariz. 15,5-16
Vale D’Algares Selection (B) 2008
Como não vai haver em 2008 os topos de gama da casa (branco e tinto "Vale D’Algares"), surge este novo segmento - branco e tinto selection - a 8,5€ a garrafa (ou seja, um pouco mais caro que o Guarda Rios, mas mais barato que o Vale D'Algares). Muito mais aromático que a versão branca Guarda Rios 2007, com fruta tropical e fruta branca cozida, mas com frescura. A boca parece precisar de tempo em garrafa, está tensa, directa, mas com um final de boca mais preciso e focado. Boa acidez, é um vinho bem desenhado que será de agrado generalizado. 16
Vale D’Algares Selection (T) 2008
Opaco no copo, muito retinto. Trata-se de um vinho cheio de juventude, etanol em evidência, nariz "em construção" com predomínio na fruta muito madura mas com tiques da madeira nova à mistura (eg., sensações queimadas). A boca mostra outra realidade, revela um vinho mais polido, com típicos taninos ribatejanos, ou seja redondos e doces. É incrível como um vinho de 2008 pode já dar esta prova de boca... Moderno, pronto a beber e a mostrar enologia capaz, está muito ao gosto dos consumidores ingleses. Pode ainda crescer, na prova de nariz sobretudo, com mais um ano em garrafa.15,5-16
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Vale D’Algares (CT) 2007
Colheita tardia, produzida a partida de 100% de Viognier (a casta da famosa Condrieu AOC). Nariz com notas subtis a fruta branca, pouco intenso (parece ser uma marca na casa relativamente às castas brancas), quase despercebido. Melhora muito na boca, pouco untuosa e nada aborrecida, antes com notas frescas a alperce e óptima acidez. A antítese de um vinho de sobremesa pesado e gordo – uma bela surpresa (e uma bela estreia) esta colheita tardia. 16,5-17
Colheita tardia, produzida a partida de 100% de Viognier (a casta da famosa Condrieu AOC). Nariz com notas subtis a fruta branca, pouco intenso (parece ser uma marca na casa relativamente às castas brancas), quase despercebido. Melhora muito na boca, pouco untuosa e nada aborrecida, antes com notas frescas a alperce e óptima acidez. A antítese de um vinho de sobremesa pesado e gordo – uma bela surpresa (e uma bela estreia) esta colheita tardia. 16,5-17
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Próximos vinhos: Conventual Reserva (B) 2007; Valle Pradinhos (B) 2008; Athayde Grande Escolha (T) 2007; Vallado Moscatel Galego (B) 2008; Quinta do Tedo vintage (P) 2007; Quinta das Marias TN (T) 2006; Altas Quintas Reserva (T) 2005
3 comentários:
Viva,
Têm vinhos bem interessantes e, com vinhas tão novas, é provável que ainda melhorem.
Já foste à adega deles? É qualquer coisa de espectacular, vale mesmo a pena fazer uma visita.
Cumprimentos,
Nuno Monteiro
Caro Nuno Monteiro,
Na verdade, ainda não tive oportunidade para aceitar o convite de ir à adega ou à quinta. Mas sei que a adega é moderna e com muito design. Tenho de arranjar um tempo e lá ir.
Ab.
NOG
Curioso ver «todos» os enoblogs .pt afectados pela mesma maleita.
Uma possível solução:
WWW Robots (also called wanderers, spiders, crawlers, or bots) are programs that crawl the Web continually retrieving linked pages. When a spammer's bot visits your website, blog, forum, etc, all pages and sites linked to it will be searched looking for email addresses.
Now you can fight back against their robots!
All you have to do is link to this page so that whenever a spammer's robot scans your page, it will be sucked into this one. To link to this page, just use this simple code (etc.)
http://www.spampoison.com/
Comigo tem funcionado.
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