domingo, novembro 11, 2007


Quinta do Cerrado (T) Reserva 2003


A União Comercial da Beira, com sede em Carregal do Sal, tem vindo a obter bons resultados com a recente dinamização dos vinhos da região do Dão, tanto tintos como brancos (ou melhor e brincando um pouco, tanto tourigas como encruzados, as castas mais "dinâmicas" no momento). Por isso não surpreende a existência de vários produtos da empresa para além do tinto ora provado; entre eles, destaca-se o topo de gama "Lagares do Cerrado" e as monocastas brancas encruzado (a nossa predilecta) e malvasia e as tintas roriz e touriga.

De toda a gama Quinta do Cerrado, este tinto reserva em prova será porventura o vinho mais conhecido do consumidor, posto que não há feira de vinhos em hipermercado na qual não marque presença. Pelos vistos - i.é, pelo que provámos - ainda bem...
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É que se no copo tem cor vermelha escura perto de se tornar granadil, com bastante transparência e auréola diluída, já no nariz está muito curioso, não parecendo abrir (mesmo com tempo e decantado) e sentindo-se ainda um pouco a madeira (com notas tostadas) a tapar o fruto vermelho. Um pouco de casca de amêndoa, referências a caruma e outras mais torradas, final com um carácter levemente floral a dar um "ar da sua graça". Na boca é fugaz, ainda que mostre ter bom ataque inicial. Está levezinho, de corpo esguio, com acidez acentuada que aconselha a forte gastronomia da região. Não nos resultaram evidentes as castas que compõe este lote (são a touriga, a roriz e a jean diz-nos o produtor), mas o perfil é claramente Dão!

Se está a pensar comer um cozido sem couve (apesar deste tempo quente não ajudar), e apenas pretende ou pode gastar € 5,50, este tinto será uma boa opção. Acresce que está à venda na maioria das grandes superfícies. Muito acessível portanto.

15,5

Próximos vinhos: Quinta da Sequeira Grande Escolha (T) 2002; Calços do Tanha Reserva (T) 2003; Monte da Ravasqueira (B) 2006; Herdade de São Miguel Reserva (T) 2005; La Rosa Reserve (T) 2004; Quinta do Perú (T) 2004.

2 comentários:

Anónimo disse...

Estava à espera deste comentario, precisava de um ponto de referência, ppis foi uma das minha aquisições nestas ultimas feiras de vinhos. Vou seguir o seu concelho e comer um cozidinho de grão à moda algarvia para acompanhar este tinto. Um abraço.

NOG disse...

Pois é, bebe-se bem e não irá atrapalhar esse cozidinho de grão (que inveja!). Um abraço,
N.