sexta-feira, outubro 26, 2007


Francisco Nunes Garcia Reserva (T) 2001

Chegou-nos aos ouvidos uns zuns zuns no sentido deste tinto estar a "dar as últimas". As vozes eram muito avisadas, pelo que não hesitámos em abrir uma garrafa para perceber se, além de avisadas, tais vozes eram, in casu, acertadas.

Sucede, que de acordo com o exemplar que abrimos, nenhuma razão de alarme existe. "Que se deixem de ouvir tais as vozes!" O vinho está, a nosso ver e numa única palavra, óptimo.

É evidente que a fruta que habitava na botelha está já de malas aviadas mas, também é verdade, que aquele travo a azeitona verde que tanto gostámos no passado persiste… talvez agora até esteja mais marcado, como que a recordar-nos que o alicante bouschet anda por estas bandas. É evidente também que o nariz não está tão sensual nem bruto como no seu início de vida, mas mantém uma óptima prova, muitíssimo mais complexa do que no passado, a fazer mesmo esquecer a tenra idade das vinhas que estão na sua base. Aqui e ali um pouco de fruta em passa (mas não muito doce), aqui e ali notas fantásticas da integração da barrica com o vinho… como seja café, algum fumo… enfim tudo muito bom.

Na boca está mais fresco em relação a provas anteriores, mas também mais complexo, taninos domados mas não "desaparecidos em combate". Está, neste momento da sua vida, elegante ainda que com uma marca vegetal e rústica. É certo: está longe de ser uma "bomba de fruta". Tem isso algum mal? Não… muito pelo contrário, dizemos nós.

17,5


Próximos vinhos: Quinta do Infantado Reserva (T) 2003; Quinta do Cerrado Res. (T) 2003; Quinta da Sequeira Grande Escolha (T) 2002; Calços do Tanha Res. (T) 2003; Monte da Ravasqueira (B) 2006; Herdade de São Miguel Res. (T) 2005; La Rosa Reserve (T) 2004; Quinta do Perú (T) 2004

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