Duas enormes postas de garoupa para três pessoas... um regalo bastante para uma despedida de comidas mais outonais.
No vinho elegeu-se um branco à teimosia de encarar o Inverno de frente. Um belo Tapada de Coelheiros. Muito elegante no nariz, notas cremosas e tostadas, algum pão fresco e chá verde, nota-se o arinto.
Na boca muito seguro, faz parte de uma nova vaga de brancos alentejanos que não envergonham o nosso país. Algo citrino, foi contudo a untuosoidade a sua maior virtude. Um branco macio como poucos, no qual sobressaíram notas de manteiga e uma leve baunilha fruto de uma (curta) fermentação em madeira.
Este branco da Tapada de Coelheiros, mais uma jóia de António Saramago e já com tradição, junta-se como uma referência a outros brancos alentejanos de grande porte como o Pêra Manca, o Monte da Penha, o Couteiro-Mor Antão Vaz, ou o JPR Antão Vaz, entre outros.
A menos de € 10 numa garrafeira. O dobro num restaurante.
A menos de € 10 numa garrafeira. O dobro num restaurante.
N.A.: O rótulo que ilustra o texto respeita à coleita de 2002, mas são mínimas as diferenças com a versão actual.
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