Existiam já duas edições de Secret Spot, os topos de gama da empresa com o mesmo nome: um tinto no Douro (2004 e 2005, salvo erro) e um moscatel velho também do Douro (com, pelo menos, dois engarrafamentos). Esta é a primeira colheita no Alentejo. E que tinto! Não se conhece ao certo onde estão localizadas as vinhas, para além de se saber que é um vinho alentejano. Pela frescura que tem, apostamos nas regiões a norte de Estremoz. Pela complexidade que apresenta, apostamos em vinhas velhas, com várias castas misturadas.
A primeira nota olfactiva pode ser perturbadora, tanta é a diferença para com a maioria dos tintos alentejanos e a intensidade das notas a azeitona verde, caruma e vegetal seco. Ligeiríssima nota animal também presente. Muitos não gostarão desta primeira abordagem, intensa, máscula mas nada sobremadura - mas nós... bem, nós somos fãs! Com arejamento surge uma fruta negra (ameixa), decadente, muito profunda como que inalcançável, tudo num conjunto de grande mineralidade.
Prova de boca fresca, demolidora pela complexidade em alta, taninos firmes mas maduros, com torrefacção e deliciosas referências a café. Saboroso final de boca, portentoso e em crescendo que termina em suave amargo.
Prova de boca fresca, demolidora pela complexidade em alta, taninos firmes mas maduros, com torrefacção e deliciosas referências a café. Saboroso final de boca, portentoso e em crescendo que termina em suave amargo.
Um dos melhores lançamentos provados este ano. Parabéns à Secret Spot Wines e, em especial, ao Gonçalo Sousa Lopes e ao Rui Cunha.
17,5-18
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