Em menos de uma semana e tivemos duas subidas ao céu: a primeira, com o excelente vintage 87 da Real Companhia Velha. Alguns dias depois, com o explosivo LBV 2000 da casa Burmester.
O ano de 1987 foi um ano muito bom no Douro, mas foram outras as vindimas dos anos oitenta que tiveram o máximo protagonismo da década, refiro-me aos inesquecíveis vintages de 83 e 85. Ainda que nem todas as marcas tenham declarado vintage em 1987 – ao que parece existia pouco vinho – a verdade é que algumas marcas de referência não hesitaram em declará-lo. Foi o que aconteceu com a Niepoort, Ferreira, Martinez, Offley e claro, com a Real Companhia Velha.
E o que dizer deste Porto? uma fruta elegantíssima, um equilíbrio total nos taninos, e desde logo uma maturidade que nos ofereceu a certeza de tratar-se um vintage para durar pouco mais que vinte anos. Bebemo-lo na altura certa, podemos concluir.
Quanto ao ano de 2000, é por todos sabido ter sido um ano exemplar... e o LBV da Burmester não desapontou: esteve pujante, com muita compota, fruta madura intensa e com alguma baunilha que a madeira lhe conferiu.
Duas propostas fantásticas, mas bem diferentes, tal como o preço, aliás...
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