segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Vinhos do Vallado


No final do século passado, o início da nova vida da Quinta do Vallado aos comandos de Francisco Ferreira e João Alvares Ribeiro (6.ª geração da família Ferreira) era muito promissor. Os primeiros vinhos tintos do Vallado, em meados da década de ’90, prometiam alterar o paradigma do Douro acompanhando, e liderando mesmo, uma «nova vaga» de vinhos durienses que se pretendiam mais modernos. E assim veio a acontecer, sempre com a enologia de Francisco Olazabal.
Um pouco mais tarde, já com a entrada do novo milénio, tintos como os reserva de 1999 e de 2000 colocariam o nome da Quinta do Vallado no top dos produtores daquela região que mais emergia em Portugal. Prova disso é que o tinto Quinta do Vallado Reserva tinha-se tornado uma referência incontornável ao lado de vinhos como Pintas ou Qta. do Vale Meão.
Depois, foi a vez da plataforma Douroboys tomar lugar, impulsionando a marca Vallado a atravessar fronteiras e descobrir novos públicos. Uma vez agregada com outras magníficas referências durienses, o Quinta do Vallado viu, porém, alguma da sua preponderância perder-se. Veja-se, que nas quentes colheitas de 2003 e 2005, e apesar dos bons vinhos que foi capaz de colocar no mercado, tratavam-se de néctares que, em comparação com os topos do Vale D. Maria ou da Qta. do Crasto , apareciam como sendo mais rústicos e menos sofisticados. Nada que tenha feito «mossa», antes consagrando uma distinção.
Finalmente, com a alteração do lote do reserva para a colheita de 2007, e com o crescente sucesso da monocasta Touriga Nacional, um novo ciclo se iniciou. Desde de então, muitos foram os prémios e distinções - sobretudo no estrangeiro -, inclusivamente para o projecto de turismo. Veio uma nova adega e sala de barricas, e os tintos do Vallado não têm parado de impressionar, inclusivamente o Porto vintage '09 recentemente lançado e que revela uma qualidade (para muitos) inesperada.
Mas, de nós para nós, a grande revolução do Vallado é uma outra, silenciosa e menos evidente, enfim discreta como Francisco Ferreira o é: são os seus brancos, cada vez mais frescos e mais minerais. Onde antes brilhava quase exclusivamente o moscatel galego, na sua natural vertente festiva, agora os trunfos surgem na pele do branco colheita (a preço sem igual) e do branco reserva. Este último, em especial nas últimas duas colheitas, é um vinho muito sério, um belíssimo branco.
Em pouco mais de década e meia, a Quinta do Vallado passou a possuir um invejável e versátil portefólio de vinhos (de branco ao vintages), é um dos maiores sucessos lusos em mercados difíceis como a China ou a Áustralia, e os seus vinhos (que o digam os monocastas) estão quase sempre esgotados, o que se deve em muito às pontuações excelentes que têm recebido um pouco por todas as mais relevantes revistas de vinhos com perfil internacional. Por tudo isso, e sobretudo pelos vinhos, parabéns.


2 comentários:

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