sexta-feira, junho 29, 2012

Prova

DSF Moscatel Roxo (r) 2011

Mais uma edição deste óptimo rosé, um dos mais entusiasmantes produzidos em Portugal, imbatível se bebido a solo e, ainda, dá uma grande prestação à mesa combinado com comida exótica e apimentada. Na cor está menos intenso do que nas edições anteriores e a prova de boca também parece mais delgada: nada de negativo num vinho de Verão, claro está. O nariz continua exuberante, tão exuberante que mesmo servido em flutes (!) - como o temos visto por aí para aumentar o efeito cénico - continuará a dar uma boa prova de si...

16

terça-feira, junho 26, 2012

Novidade

António Saramago Reserva (t) 2009

Um dos melhores vinhos que já provámos de António Saramago é o 'AS 50', um tinto exclusivo maioritariamente feito com Castelão que tivemos a feliz oportunidade provar no almoço de comemoração dos 50 anos do referido enólogo/produtor.

Também de Castelão, mas menos exclusivo (e mais barato) é este António Saramago Reserva da colheita de 2009. Muito jovem ainda, intenso no nariz a frutas negras, revela uma boca com muita estrutura tânica, gulosa mas também aguerrida a pedir acompanhamento sério e capaz. Nesta gama de preço (pouco mais de 10 EUR) é difícil encontrar melhor, sobretudo para quem quiser - como convém e se recomenda - guardar umas garrafas para  outras provas daqui a uns anos.


Uma última palavra para referir que, não sendo, naturalmente, o único produtor e enólogo que trabalha com mestria a casta Castelão, a verdade é que António Saramago é dos que melhor conhece a casta, pelo menos no que respeita à região de Azeitão e Palmela. Para além disso, tem a imensa experiência que a bonita idade de 50 anos como enólogo proporciona. E ao beber-se este tinto, percebe-se tudo isso...


16,5++ 

segunda-feira, junho 11, 2012

De Espanha

Mas Irene (t) 2003

Micro-cuvée de Penedès do produtor Perés Baltà produzido a partir de castas francesas, neste caso Cabernet Franc e Merlot (nada que surpreenda). Está, todavia, menos concentrado que a maioria dos topos de gama da região, menos pastoso e menos alcoólico (talvez devido ao facto de serem duas enólogas as responsáveis por este vinho). A madeira sente-se mas não se impõe (o que também surpreende para o estilo que marcou a região nos últimos anos), e a fruta está muito bonita, bem madura mas, novamente, sem excessos. 
Um vinho de fino recorte (apesar do ano quente) e muito bem desenhado, que destoa - felizmente - do perfil da região.

16,5++