quinta-feira, dezembro 22, 2011

Provas

Qta. de Foz Arouce V.V. de Sta. Maria (t) 2005


(É) Um clássico este tinto de baga da Quinta de Foz de Arouce, e lembro-me bem de algumas colheitas dos anos oitentas excepcionais. Este, de 2005, revela uma cor encarnada, ligeira (nos tempos que correm), denotanto concentração média. Comporta uma prova de nariz delicada, com fruta encarnada fresca, ligeira barrica, e algumas notas terrosas - tudo muito bom, e a um nível alto. Na prova de boca está muito definido, cheio de sabor.


Todavia, em comparação com outras colheitas, diríamos que a fruta está um pouco madura de mais e o final podia ser mais longo. Neste último capítulo, o tempo poderá ajudar. Em qualquer caso, temos um belo vinho com a certeza de o poder guardar, sem pressas, na garrafeira por mais alguns anos.


17+

quarta-feira, dezembro 14, 2011

do antigamente (ou nem tanto)

José de Sousa (t) 1997


Já lá leva quase 15 anos, e o tempo não o tratou mal. Os antigos José de Sousa já tinham a imagem de vinhos duradouros e a JMF parece apostar no seguimento desse segmento. A cor é ainda muito jovem, encarnada brilhante, longe de se encontrar tijolada. O nariz é pouco exuberante na fruta, e mostra fantásticas notas a terra trufada. A boca é fina, translúcida, mas muito saborosa, com um travo  limonado fruto da evolução. O final podia ser mais vincado, menos apto limpar o palato, mas em qualquer caso está muito bom.

Mais um bom tinto português que durou década e meia e durará ainda, pelo menos, mais 5 anos. E mais um bom tinto que deverá custar pouco a quem o encontrar à venda.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

de França

Chateau Smith Haut Lafite (t) 2002

Goza da fama de ser um dos melhores Bordéus da colheita de 2002, pelo menos em Graves e, efectivamente, está em muito boa forma este tinto. Menos elegante e fresco, é certo, do que se poderia esperar, está, todavia, irresistível no nariz com uma prova de fruto maduro excepcionalmente bem assimilada com as notas de fumo habituais da casa. Também na boca se apresenta muito exuberante, com pouca evolução, diríamos que um pouco mais sexy do que é habitual na região. Aliás, o Cabernet Sauvignon (50%) parece estar lá para a estrutura, pois, na boca, sente-se mais o Merlot (35%), com notas ligeiramente quentes, mas muito saboroso. Final também intenso, com fruta madura novamente, e a deixar algumas saudades.

Trata-se, pois, de um Bordéus de nova geração, reconvertido a uma certa modernidade sobretudo desde que, à cerca de 2 décadas, o Chateau mudou de proprietário. É o seu lado de maior volúpia que mais consegue agradar, inclusivamente ao R. Parker que não tem parado de lhe atribuir boas notas. Está muito bem para a colheita de 2002 e agradará certamente a todos os que (até em Bordéus) procuram bombas.


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