terça-feira, novembro 29, 2011

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Fiuza Premium (b) 2010


Uma fórmula de sucesso este Fiuza. Cada vez mais certeira, na relação entre acidez e corpo, temos aqui um branco que difilmente não agradará, mesmo aos enófilos exigentes. Alguma fruta, mas felizmente fresca e não excessiva, bom balanço mas não excessivamente encorpado nem untuoso. Bom final de boca, com alguma pattine. Tudo muito correcto nesta gama de preço. Um valor seguro, sobretudo junto da restauração.

16

quinta-feira, novembro 24, 2011

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Quinta do Crasto Touriga Nacional (t) 2001


Bem sei por estes tempos fica bem ser algo crítico em relação aos monocastas de Touriga Nacional. Mas não resisto, neste caso, a um elogio.


De uma das nossas melhores regiões, de uma das nossas melhores colheitas das últimas décadas, de um dos nossos melhores produtores, e, claro, de uma das nossas melhores castas... bom, de tudo isto, o vinho só podia ser (e estar) fantástico. E, 10 anos depois, está, efectivamente, num grande momento de forma. Um tinto muito jovem, quase impenetrável ainda na cor, fruta belíssima, e a notável presença acetinada na prova de boca tão típica desta casa.


Belíssimo! Assim, sim, vale a pena ter monocastas.


17,5

segunda-feira, novembro 21, 2011

Do antigamente

Grão Vasco Garrafeira (t) 1994

Quem se lembra dele? Nós sim, e dele gostamos, claro! Produzido com uvas da Quinta dos Carvalhais (mas sem essa indicação expressa), e com o rigor conhecido do produtor (que teima em ter sempre bons vinhos de guarda), temos aqui um tinto que merece muito respeito. Cor encarnada no copo - belíssima para idade -, nariz subtil, elegante, sem domínio de castas e muito menos da madeira. A prova de boca é aveludada - como os bons Dão devem ser -, esguia e muito saborosa.

Está ainda em forma, pelo que se aguentará mais meia década mas não ganhará mais com o estágio. Beba-se por ora (mas sem muitas pressas) e dará muito prazer. Um belo Dão!

quinta-feira, novembro 17, 2011

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Quinta das Bageiras Reserva (esp.) 2001

É bem bruto este espumante natural e isso agrada-nos. Apesar de Portugal ter que percorrer (ainda) algum caminho neste tipo de vinhos (a nossa média anda longe da de Franciacorta e de Champagne), dúvidas não existem que temos alguns bons espumantes. A Quinta das Bageiras é uma das casas que teima em manter uma produção constante de espumantes nas várias gamas, sempre com qualidade e preços sensatos (coisa cada vez mais rara nos espumantes nacionais). Os vinhos de entradas são simpáticos e gastronómicos, os velha reserva são vinhos sérios e do melhor que se faz por cá.

Este espumante sem dosagem, da colheita de 2001, mostrou-se cheio de vigor e seco como é típico do produtor, bolha persistente (não necessariamente fina), e cheio de aromas e sabor. Um bom espumante para todas as ocasiões, mas, claro está, melhor se acompanhar umas lagostinhas.

16,5

segunda-feira, novembro 14, 2011

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Quinta do Ameal (b) 2008


São sempre vibrantes, frescos e estaladiços os vinhos Quinta do Ameal. Os da gama Escolha são mais ainda: são envolventes, complexos e com longevidade quase sempre garantida (por vezes imitando alguma oxidação). A colheita de 2008 sugere-se excepcional (como noutros verdes, por sinal) e está mais mineral e refrescante que nunca. Uma das melhores expressões da casta Loureiro!


Um vinho fino (não confundir com Porto), belíssimo na elegância, a provar nos próximos 5 anos com uma salada de vieiras ou, daqui a 10, com uma salada de queijo cabra não excessivamente forte.


17++

sexta-feira, novembro 11, 2011

Do antigamente

Ferreirinha Reserva (t) 1994


Continua jovem, muito jovem este tinto com treze anos. Tanta é a força da juventude que o seu final (ao contrário do que é habitual na casa) é algo seco e precipitado, apesar de saboroso. De resto, tudo a um nível muito alto: fruta - encarnada - ainda plena, integração total da barrica, muito prazer na boca, potente e sedutora, alguns taninos presentes ainda. Só o final podia ser melhor. Mais uma prova (são precisas mais?) da longevidade destes tintos da Ferreira (os das décadas de 80 e 90 estão quase todos bons).

De nós para nós, filosofando um pouco, preferimos (dir-se-ia, naturalmente) os Vintages de 1994 aos de 1995, assim como preferimos (talvez de forma menos evidente) os tintos de mesa do Douro de 1995 aos de 1994. O que fazer?

quarta-feira, novembro 02, 2011

De Itália


Topo de gama da casa familiar 'Moris Farm' este é um dos melhores morellino scansano que provámos, uma das castas em erupção na Itália (no fundo, trata-se de um clone de Sangiovese adaptado ao clima mais quente de Meremma, no sul da Toscana).

Apresenta camadas de fruta madura, uma definição de total precisão no fruto (muito bonito, diga-se), meia concentração, corpo de cetim a lembrar alguns australianos de topo, e bastante elegância no final. Não é o nosso tinto favorito da Toscana - longe disso (nós que preferimos os Chianti Clássico Riserva) -, mas é um tinto muito bem composto e que impressiona os sentidos. Irá melhorar nos próximos 5 anos, mas não parece tratar-se de um vinho de guarda. O preço não exagerado, a menos de €30 (se adquirido em Itália), é uma vantagem para quem quer conhecer um tinto da sub-região conhecida por ser a Califórnia da Itália.

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