segunda-feira, outubro 31, 2011

Provas

Batuta (t) 2003

O ano foi de muito calor, e alguns vinhos têm indesejáveis notas de passa. Este não. Este Batuta, de uma vinha muito velha, está muito floral, e ainda com fruta negra também. A madeira, de luxo diga-se, está integrada, e até o final se apresenta elegante. Só a acidez não muito alta, e alguns taninos doces, tirarão alguns anos de vida, mas, em qualquer caso, eu guardaria umas garrafas por mais meia década a ver o que de lá sairá. Não é o melhor Batuta, é certo, mas mantém-se um belo tinto do Douro.

17,5

PS: provámos este fim-de-semana no EVS o Batuta (t) 2001 (na prova - verdadeiramente - especial liderada por Luís Lopes com os topos de gama de 2001) e recomenda-se muito. Esse sim, durará mais alguns bons anos em garrafa.

quarta-feira, outubro 26, 2011

Prova especial


Alambre (m) 20 anos

É especial a prova pois o vinho está especialmente bom. Neste caso tínhamos ainda uma garrafa de 0.375l. de capacidade (ideal para uma sobremesa a dois), de um engarrafamento de meados dos anos '90 do século passado. Cor âmbar típica, mas com muitos laivos esverdeados a lembrar que a idade média dos lotes deste moscatel está muito acima das duas dezenas de anos (20 anos é o vinho mais novo no lote, de acordo com a legislação aplicável aos moscatéis, ao contrário do que acontece nos Portos). Aromas citrinos fortes (licor de laranja), já um ligeiro vinagrinho, tofa, uma boca de veludo e um final muitíssimo longo.

Foi provado ao longo de 3 dias e, ao contrário do que muitas vezes acontece, melhorou muito na última prova (porventura pois ter estado muitos anos fechado em vidro depois do engarrafamento).

17,5

terça-feira, outubro 11, 2011

Novidade

Bétula (b) 2010

Terceira colheita deste branco regional duriense, feito a partir de um lote de 50% Sauvignon Blanc e 50% Viognier. Melhor que a versão de estreia de 2008, mas não tão fresco que o 2009, mostra-se um branco seguro de perfil internacional. Ou seja, um branco de acidez controlada (por nós podia ser mais elevada), com fruta expressiva de pendor tropical, bom corpo - redondo e compacto - na percepção da prova de boca, e um final longo ligeiramente adocicado.

Em suma, um branco muito bem feito, equilibrado e sério, que agradará a muitos consumidores, e que se recomenda para acompanhar pratos de peixe, tanto no forno como grelhados com molhos.

16,5

quinta-feira, outubro 06, 2011

Prova

Nossa (b) 2007

Muito bom este branco de Filipa Pato. Está mesmo, a nosso ver, no seu melhor momento de prova (mas poderá melhorar ainda). Ligeira oxidação, muito mineral, corpo exuberante e acidez em alta. Boca muito saborosa, potente, final elegante e super gastronómico. Gostámos muito.

17+

domingo, outubro 02, 2011

Provas

Campolargo pinot (t) 2008

Cor ligeira e corpo esguio típicos da casta, destoando-se apenas os 15º de álcool que, contudo, não se notam (o que o torna "perigoso"). Nariz muito bem desenhado, bonito, cambiantes de framboesas e groselhas, todo e tudo sem excessos, com a excepção da madeira que teima em aparecer. Na boca, acidez viva e boa frescura, mas repete-se o amargo com os taninos da madeira muito presentes a contribuir para uma secura artificial que não era necessária.

Mantém-se como um tinto gastronómico (apesar do álcool excessivo), generoso e cativante, e que nesta versão de 2008 deverá ficar guardado na garrafeira mais um par de anos para ver se a madeira se integra melhor.  Acresce que, algumas provas anteriores deste tinto com vários anos em garrafa mostraram-se convincentes.

16+